O assunto Compliance tomou vulto a partir de 2004, quando o chamado “Cubo do COSO” se popularizou, como um modelo que expunha a necessidade das organizações atuarem no sentido promoverem gestões responsáveis, transparentes e equânimes, para transmitir conforto aos acionistas, investidores e sociedade, em relação a construção e reporting dos seus resultados.
COSO é a sigla do Committee of Sponsoring of the Treadway Commission, que apesar do nome se referir ao Tesouro Americano, ficou assim conhecido, porque era lá que representantes das organizações se reuniam, a partir do estabelecimento da comissão em 1985, para apoiar a National Comission on Fraudulent Financial Reporting, uma iniciativa privada destinada a estudar e entender as causas que poderiam conduzir a relatórios financeiros e balanços fraudulentos.
Os estudos mostraram que os riscos que dão origem aos desvios têm 4 pilares: a própria gestão das organizações, ou seja, a sua estrutura de governança e as suas operações, o apreço pela verdade na construção dos seus relatórios de resultados e o quanto as organizações estão de fato em conformidade com as legislações vigentes e as suas próprias regras de operação e conduta.
Assim, para entender esses riscos, as organizações precisaram compreender a importância de se dedicarem ao Gerenciamento dos Riscos Corporativos e aos Controles Internos, para que pudessem criar estratégias de resposta que tornasse possível combatê-los, preferencialmente, de forma preventiva ou ao menos mitigatória, o que fez aos poucos com que elas percebessem o sentido de urgência, sobretudo após inúmeros escândalos corporativos e a mudança de chave no mercado financeiro, que passou a exigir de forma mais rigorosa relatórios aprofundados e pareceres mais bem fundamentados, para as suas listagens de empresas classificadas e indicadas para investimento.
Particularmente, a função Compliance ampliou a ideia da necessidade de controles, com foco na conformidade. Isso fez com que as organizações se debruçassem sobre o que fazer para garantir que as suas atuações estivessem de acordo com o que era esperado delas. O assunto tomou vulto ainda maior quando a ISO – International Organization for Standartization publicou normas abordando o tema, como as atuais ISO 37.001 e ISO 37.341, além da edição de leis específicas em todo o mundo, relativas aos combate ao suborno de agentes públicos, corrupção, fraudes, improbidade administrativa, condução de compras e contratação pública etc.
Nas organizações, a importância da função Compliance vem crescendo. Em algumas delas, já faz parte do guarda-chuva gerenciamento de riscos e controles internos, o que faz todo sentido. Em outras, está em área de dedicação exclusiva, mas o que de fato importa é que há um forte movimento corporativo no sentido de quebrar a inércia, com desdobramentos importantes para toda a governança corporativa e para a Integridade, que é um dos aspectos que também vem tomando o necessário vulto.
Neste cenário apareceu uma nova profissão ou atribuição que é a do Compliance Officer, responsável por garantir que os gestores e colaboradores cumpram com os códigos de ética e conduta estabelecido e sejam multiplicadores do Programa de Compliance e Integridade da organização.
Para formar Compliance Officers é necessário que as pessoas compreendam que há um conjunto de conhecimentos a adquirir, que percorrem o entendimento da governança corporativa, da gestão de riscos e controles internos, dos aspectos relativos à auditoria interna, do Compliance e da Integridade, entendendo o que e como fazer para que possam atuar de forma assertiva e eficaz.
Neste sentido, o IDEMP preparou um treinamento ao vivo, online, em 4 encontros (das 9h00 as 12h00) sobre o assunto, que será ministrado pelo Prof. Sergio Ricardo M Souza, de 03 a 06 de Maio.
Confira no link abaixo:
https://idemp-edu.com.br/cursos/307