Dando continuidade às suas atividades remotas, o Clube dos Seguradores da Bahia, recebeu na sexta, dia 21, o presidente do CVG-SP, Silas Kasahaya, e Rogério Bruch, diretor comercial da Fetranspoerte Brasil. Bruch falou do “Cenário atual do seguro de transporte de carga no Brasil” e Kasahaya destacou ”os desafios e a transformação do seguro de pessoas”.
Na ocasião, Bruch lembrou que no início da pandemia com o fechamento das indústrias empresas muitos ficaram preocupados, no primeiro semestre de 2019, a arrecadação de prêmios registrou uma redução de 3,74% enquanto em 2019, no mesmo período, a redução foi de 4,2%. “Tivemos sinistralidade R$ 617 milhões no primeiro semestre, mas ficou na média. O seguro de carga para o transportador é a essência da venda do seguro transporte no Brasil”, apontou.
Ele revelou ainda que o seguro transporte já se recuperou da queda inicial que aconteceu logo no início do isolamento social (a partir de março). “O seguro transporte se mostrou resiliente e cresceu quase 10% em mercadorias averbadas no primeiro semestre”, destacou.
Bruch contou também que o crescimento das compras on-line criou um cenário diferente. “As transportadoras focadas em distribuição ao consumidor final cresceram mais de 40%”, disse.
Ele observou ainda que o seguro transporte de cargas é precursor das viagens da Índia que depois vieram com os portugueses para o Brasil com o autofinanciamento que depois viraram seguradoras, depois no mundo novo, com os modais marítimos, aéreos. “O futuro ninguém sabe, mas uma coisa é certa: mercadorias sempre foram transportadas e sempre serão. Por isso o seguro de cargas sempre será necessário”, disse.
Sobre o cenário do seguro de pessoas, Silas Kasahaya lembrou que o setor vem crescendo desde 2016. “Inclusive ultrapassando o mercado de automóvel”, destacou. A carteira de vida representa 43% do mercado, prestamista, 31,6%; acidentes pessoais, 13,8% e outros com 11,3%.
É um segmento concentrado ainda nas seguradoras ligadas a banco, mas as companhias independentes começam a aparecer “Icatu e Prudential fazendo um grande trabalho”, ressaltou.
Silas disse que o mercado de vida individual tem crescido cerca de 40% todo ano. “a grande verdade é que o vida individual deve superar o vida coletiva em breve”. Segundo ele, as companhias têm investido bastante. A concorrência é muito acirrada na carteira coletiva. “Além disso, a carteira de vida coletiva foi afetada pela crise com o aumento do desemprego”, destacou. Kasahaya também lembrou que a pandemia e o alto número de mortes por coronavírus no país tem despertado a consciência e procura das pessoas por seguro de vida.
Como tendência, o dirigente do CVG-SP disse que a aceleração digital também afetou o seguro de pessoas. Ele lembrou a questão do preenchimento do questionário e o jargão de tem que ser “olho no olho” mudou de um mês para o outro. “Esse foi um grande desafio, principalmente para o corretor de seguros”, disse.
Silas salientou que a inteligência artificial já é uma realidade em muitas seguradoras. “Machine learning vai ajudar muito nas subscrições no futuro”. Ele revelou que já existem assistentes virtuais que fazem consultoria de proteção familiar. “Um robô faz as perguntas e, por meio de inteligência artificial, direciona o cliente para a proteção que ele precisa”.
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