O grupo CNP Seguradora, por meio da subsidiária Previsul, apresentou a melhor proposta na licitação dos Correios realizada nesta quarta-feira (21) para obter a exclusividade de venda de seguros da rede de atendimento da companhia. O site da empresa pública divulgou dados de que o lance vencedor alcançou R$ 155 milhões. As informações são do site Valor Econômico.
Segundo os Correios, a proposta e a documentação de habilitação se encontram em análise. Além disso, serão seguidos os trâmites legais como previsto no referido Edital para posterior declaração do vencedor. Pelo edital, o vencedor terá um contrato de 10 anos para a venda de produtos securitários pela rede de atendimento dos Correios. A companhia está presente em 5,5 mil municípios do país.
Com o arremate da licitação dos Correios, o grupo francês CNP Assurances terá investido mais de R$ 1 bilhão para reestruturar os negócios no Brasil nos últimos 10 meses. Em setembro de 2022, o conglomerado global de seguros comprou as participações da Caixa Econômica Federal nas joint ventures Previsul, Odonto Empresas, CNP Consórcio e CNP Capitalização, pelo qual pagou R$ 667,18 milhões. Na mesma leva de negociações, pagou mais R$ 240 milhões à Icatu pela fatia minoritária na CNP Capitalização para ficar com 100% da empresa.
A CNP desembolsou R$ 907 milhões na ocasião. Com os R$ 155 milhões a serem pagos aos Correios pela exclusividade de venda de seguros na rede de atendimento e canais digitais, o investimento entre setembro de 2022 e junho de 2023 alcançou R$ 1,062 bilhão. Em 2021, a seguradora francesa já havia desembolsado R$ 7 bilhões para renovar os vínculos com a Caixa, na exploração do canal bancário.
O movimento realizado nos últimos 10 meses ocorreu para o grupo consolidar a criação da holding CNP Seguradora, a marca própria da companhia, que vai operar no chamado “mar aberto”, ou seja, no mercado em geral, por meio de parcerias. A CNP Assurances no Brasil passou a se organizar em duas grandes áreas, aquela que opera joint ventures com a Caixa e a CNP Seguradora, que reúne sob o guarda-chuva todas as operações fora do banco estatal.