Notícias | 30 de julho de 2024 | Fonte: CQCS | Nicholas Godoy

Lições que a tragédia no Rio Grande do Sul  deixa para o setor de seguros

Na última quinta-feira, 25 de julho, Gustavo Doria Filho, fundador do CQCS, trouxe à tona uma reflexão profunda em sua coluna “Pare e Pense”. O recente desastre no Rio Grande do Sul, que deixou um rastro de destruição e perdas incalculáveis, serviu de ponto de partida para uma discussão urgente e necessária sobre o papel e as responsabilidades da indústria de seguros no Brasil.

Doria Filho enfatizou que eventos trágicos como o ocorrido no Rio Grande do Sul nos obrigam a parar e pensar sobre nossas ações e prevenções. “É hora de todos nós pararmos e pensarmos o que significa essa vivência que todos estamos tendo. A tragédia não acabou; um evento desse deixa uma cadeia de experiências, vivências e prejuízos que vai se estender por muito tempo na nossa história,” disse ele, sublinhando a importância de uma reflexão coletiva.

Durante o episódio, Gustavo compartilhou dados preocupantes: estima-se que apenas 20% das residências afetadas pela tragédia estavam seguradas, e dentro desse grupo, apenas 2% tinham cobertura para alagamentos. Ele explicou que, embora os seguros residenciais no Brasil ofereçam coberturas básicas como incêndio, explosão e queda de raio a custos acessíveis, a cobertura para alagamentos ainda é considerada acessória e contratada apenas em áreas de maior risco. “O alargamento é uma cobertura acessória; consequentemente, ela só é contratada nas áreas de maior exposição a risco,” destacou ele, evidenciando a desigualdade na proteção.

Um ponto crucial levantado por ele é a responsabilidade compartilhada entre seguradoras, corretores e consumidores. “Infelizmente, ainda tem muita gente que compra seguros direto em banco, automaticamente, e não tem um especialista para poder lembrar sobre essa necessidade,” afirmou, criticando a falta de orientação adequada. Ele também sublinhou a importância de uma mudança de atitude por parte dos consumidores: “Muitas vezes o consumidor deixa de contratar uma cobertura dessa por 20, 50 ou 200 reais por ano. E o que acontece? A tragédia veio e nos mostrou que o índice de pessoas protegidas pelo instituto seguro era muito pequeno.”

Em resposta a essa realidade, a Fenacor enviou uma correspondência à SUSEP propondo a inclusão da cobertura de alagamento como parte básica do seguro residencial. O CQCS endossou essa campanha, convocando todo o ecossistema de seguros a abraçar essa causa. “Chegou na hora da indústria do seguro assumir suas responsabilidades e não perder a chance de transformar,” afirmou Doria Filho, incentivando uma ação coletiva.

“Nós do CQCS estamos fazendo a nossa parte, e você?” questionou, instigando todos os agentes do setor a refletirem e agirem proativamente para evitar que tragédias futuras deixem tantas pessoas desprotegidas.

Para assistir ao vídeo completo, acesse:

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