A advogada Angélica Carlini, especialista em seguros e coordenadora na Escola de Negócios de Seguros (ENS), participou do evento digital promovido pelo Sindseg NNE sobre adequação empresarial à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Angélica explicou que os dados assumiram uma importância gigantesca no mundo atual. “Dados são melhores que petróleo: fácil de extrair já que cada um de nós deixa pegada pelo caminho. Dados são baratos e fáceis de conseguir”, disse ela.
Ela explicou que a proteção de dados é uma forma de proteger nossa dignidade. “O uso indevido dos nossos dados dá uma dor de cabeça sem tamanho”, afirmou e, justamente por isso, ela disse que foi aprovada uma emenda constitucional que diz que a proteção de dados é direito fundamental do cidadão.
A advogada lembrou que o setor de seguros vive de dados. Afinal, é com são eles que fornecem informações que vão ajudar nos cálculos atuariais para fazer cálculos e mensurar as probabilidades. “A essência da vida em seguro são os dados”, sintetizou.
Ela explicou que os fundos mutuais que as seguradoras organizam são feitos a partir de dados. “Ou é isso ou não temos segurança atuarial para distribuir os seguros no mercado”, enfatizou.
Sobre a lei aprovada em 2018 e que entrou em vigor em 2020, Angélica disse que será aplicada a operações de tratamento de dados para fins econômicos ou públicos. Ela contou que em seu escritório, papéis de rascunho tinham no verso dados de RG, endereço dos clientes. “Destruímos todos os papéis de rascunho. É preciso observar se os rascunhos dos seus escritórios não têm dados e é preciso descartar de forma correta”, alertou.