Notícias | 2 de julho de 2021 | Fonte: CQCS

Open Insurance vai atender o desejo de ampliar a penetração e a cobertura do seguro

Não tenho dúvidas que a tecnologia é a maior aliada para atingirmos públicos que hoje não são atingidos pelo seguro, com novos modelos de negócios, algo como há em países com características parecidas, como China e Índia. A afirmação foi feita pelo diretor da Susep, Eduardo Fraga, ao participar de nova edição live “Café com Seguro”, realizada pela Academia Nacional de Seguros e Previdência – ANSP, que discutiu o tema “Open bankin e Open Insurance – A visão integrada do Banco Central e Susep”. Segundo ele, nesse contexto, o Open Insurance vai atender esse desejo de “ampliar a penetração e a cobertura do seguro”.

Para Eduardo Fraga, as seguradoras estão bem preparadas para o novo sistema que chegará com o Open Insurance. Ele revelou que a Susep tem feito reuniões constantes com companhias independentes, estrangeiras ou ligadas a bancos. “Creio que a pandemia trouxe essa característica de digitalização muito forte do mercado e as seguradoras responderam muito bem, inclusive no relacionamento com os consumidores e parceiros comerciais”, comentou.

O evento foi mediado pelo presidente da ANSP, João Marcelo dos Santos, que destacou a importância do Open Finance, que resultará da sinergia do Open Banking e do Open Insurance. 

Ele questionou, contudo, como o mercado vai enxergar a possibilidade de compartilhamento de dados dos consumidores. “O dado é elemento poderoso de venda. Agora, os dados não pertencem mais às empresas e, sim, ao titular. Como arrumar isso? Há a preocupação da Susep sobre como a informação será disponibilizada? Terá cuidado para não ter volta ao passado, quando o IRB, muitas vezes, dividia o produto das seguradoras com o mercado inteiro?”, indagou.

Em resposta, Eduardo Fraga disse que as empresas enxergam que são capazes de se beneficiar do novo modelo. “As seguradoras que já atuam no mercado têm reputação, o que o novo entrante ainda não tem. O fato de já haver lastro e reputação conta no compartilhamento de dados”, observou.

Por sua vez, o chefe do Departamento de Tecnologia da Informação e Comunicação da Susep, Leonardo Brasil, ressaltou o fato de a Susep, para implantar o Open Insurance, poder aproveitar todo o caminho já percorrido pelo BC. Temos conversado, que vai facilitar muito para criar sistema de Open Finance com operações financeiras compartilhadas por seguradoras e bancos”, projetou.

PARADIGMA.

No final do evento, João Marcelo dos Santos ressaltou ainda que o mercado de seguros vive um momento especial, com aumento de incentivo à concorrência através de medidas aprovadas pela Susep. “Há uma mudança de paradigma gigantesco, com normas de contratação de seguros se transformando. Um novo mercado de seguros está sendo criado. É salto enorme, com a digitalização reforçada pela desregulamentação acelerada. E isso criará, junto com Open Insurance, muito mais possibilidades”, asseverou Santos.

A live contou ainda com a participação do diretor de Regulação do Banco Central, Otávio Damaso, que falou sobre os pontos de interseção entre o Open Banking e o Open Insurance e dos benefícios que serão gerados tanto para correntistas e investidores de bancos quanto os segurados, através do Open Finance.

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