Notícias | 24 de fevereiro de 2021 | Fonte: CQCS | Sueli dos Santos

Live da UCS discute resolução 382

“O corretor de seguros deve ver a 382 como oportunidade”, insistiu Richard Furck, da H&H Corretora de Seguros, durante o “Trocando Ideias”, da União dos Corretores de Seguros que aconteceu no formato on-line e contou com a participação de muitos corretores.

Além de Furck, participaram da live Roberto Santos, presidente da Porto Seguro Seguros; Sergio Roberto de Oliveira, diretor Jurídico da Tokio Marine Seguradora, Edson Lasse Fecher, corretor de seguros da Afatec Seguros e advogado.

Sergio Roberto de Oliveira lembrou que apesar de uma contestação da Fenacor na justiça, a Resolução 382 já está valendo. “A 382 é uma norma muito complexa que afeta sobremaneira a atividade de corretagem de seguro”, disse.

Ele lembrou que a seguradora é que será fiscalizada para saber se a norma foi cumprida. “É mais fácil a Susep fiscalizar 100 seguradoras do que 200 mil corretores”, ressaltou.

Em sua fala, Richard Furck, destacou que a norma é incômoda e injusta, mas o corretor precisa transformar isso em oportunidade. “Já que vamos dizer para o consumidor sobre nossa remuneração vamos dizer do nosso jeito”, disse.

Ele lembrou que a Susep é omissa sobre onde o corretor deve colocar a comissão, por isso, ele optou por apresentar uma lista detalhada para os clientes. “Desenvolvi uma planilha de excel onde mostro o prêmio líquido do seguro, o tipo, o percentual de comissão, meses de vigência do seguro, remuneração bruta mensal, custos comerciais, impostos, despesas operacionais, administrativas, remuneração líquida. É isso o que o segurado recebe quando o segurado pede o valor da comissão”, detalhou. Por isso, para ele, essa é uma oportunidade para o corretor fidelizar o cliente.

O presidente da Porto Seguro, Roberto Santos, também participou da live e lembrou que sem o corretor, o seguro fica mais caro. “Eu disse isso quando tive a oportunidade de falar com o regulador”, afirmou.

Santos acrescentou ainda que ficou claro para todos que do ponto de vista do segurador, ele recebe do corretor que ele cumpriu os preceitos da 382. “Isso já está funcionando na Porto Seguro desde julho de 2020. Sem ruído nenhum”. O executivo disse ainda acreditar que a circular ainda ficou favorável ao corretor. “É preciso lembrar que a intenção do regulador era que a comissão fosse escrita na apólice. O estrago seria maior”, ressaltou.

Sobre o cliente oculto, outro assunto que foi tema do encontro, o advogado e corretor Edson Fecher disse que essa é uma tendência mundial. “É ferramenta importante para o setor, o que acontece aqui é distorção. Em Portugal chama cliente mistério e tanto a seguradora quanto o corretor são avisados. Aqui não”, explicou.

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