Notícias | 28 de abril de 2023 | Fonte: Uol

Vai viajar com as crianças? Saiba por que é importante contratar um seguro viagem

Garantir a segurança e bem-estar da criança, principalmente em destinos internacionais, é fundamental para uma viagem tranquila

Viajar é sempre uma delícia! Mas, antes de aproveitar as surpresas que o destino tem para oferecer a você e a sua família, é importante se preparar. Planejar um roteiro, fazer as malas, verificar a documentação necessária e… contratar um seguro viagem. Sim! Contar com esse tipo de benefício pode ser imprescindível para garantir um passeio seguro, até mesmo para destinos internacionais em que a contratação não é obrigatória.

Carla Oliveira estava nos Estados Unidos quando precisou recorrer ao hospital porque a filha, Sophia, que tinha 5 anos na época, teve infecção no ouvido. A viagem aconteceu em 2017 e era a primeira vez da família fora do Brasil. A mãe lembra que fez questão de contratar o seguro viagem, porque sabia que tinha cobertura médica e já havia ouvido dizer que os custos com saúde nos EUA eram altos e tinha medo de passar por algum apuro com a família.

“Nunca foi uma opção viajarmos sem [seguro]. E ainda bem que garanti. Minha filha estava muito irritada, com febre e um pouco de secreção, ficamos muito preocupados. Entramos em contato com nossa corretora por mensagem, que nos ajudou a encontrar um hospital próximo e conseguimos atendimento”, lembra ela, que já visitou outros três países com a filha e o marido e em todos eles contrataram o seguro.

O que o seguro viagem cobre?
O seguro viagem é um serviço que deve ser contratado antes de você ir para o seu destino e pode ser adquirido por meio de seguradoras – há várias no mercado que oferecem cobertura específica para viagens e crianças. Entre os benefícios estão:

  • Assistência médica;
  • Indenização por perda de bagagem;
  • Odontologia de emergência;
  • Medicamentos prescritos;
  • Repatriação médica, administrativa e funerária.

Tiago Godinho, gerente de seguros de vida e viagem da Omint e pai de Eduardo e Gustavo, indica que antes de fechar um seguro viagem, os pais estejam atentos a todas as informações do contrato e tenham consciência de tudo o que é (e do que não é) oferecido para evitar eventuais surpresas.

“A autocontratação, às vezes, por não ser feita por um especialista, pode optar uma cobertura inadequada, com valor menor do que seria a mais indicada para aquele destino que a sua família vai, ou deixa de incluir coberturas que seriam importantes”, observa ele, que indica buscar ajuda de corretores para quem vai contratar um seguro viagem.

Seguro viagem é mesmo necessário?
Nem todos os lugares fora do Brasil obrigam a contratação de seguro viagem. Alguns países como Alemanha, Espanha, França, Itália, Portugal e Reino Unido exigem que todos os turistas brasileiros apresentem o serviço. No entanto, fazer esse tipo de contratação mesmo em destinos sem obrigatoriedade pode evitar que aquela viagem planejada e desejada por meses seja prejudicada.

“De acordo com o CDC (agência do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos) as principais causas que motivam o acionamento do sinistro do seguro viagem são as doenças diarreicas, doenças febris sistêmicas, sendo a malária a principal delas, e as doenças respiratórias”, esclarece Henrique Monteiro, médico pediatra credenciado Omint.

Ele explica que, em relação à doenças diarreicas, isso acontece porque em muitos países a água não é potável e mesmo a engarrafada, em alguns locais, pode estar infectada. Algumas doenças são transmitidas por mosquitos, por isso o repelente adequado e a vacinação completa são extremamente necessários.

O gerente de seguros da Omint elenca alguns outros imprevistos que os pais costumam passar quando viajam com crianças e que acabam acionando o atendimento médico. “O ar condicionado do avião é muito frio e as muitas horas de viagem fazem as crianças chegarem nos destinos debilitadas, com dor de garganta, infecção de ouvido, resfriado”, começa.

Segundo ele, os destinos mais procurados por famílias brasileiras são Orlando e Miami, nos EUA – por causa dos parques e das compras, respectivamente. “Nesses lugares, a maior parte das ocorrências são alergias e intoxicações alimentares, porque a comida é muito diferente, tem muita junk food, além do alto teor de gordura e açucares. Já nos parques, é comum a quebra de dentes e outras lesões, além de questões respiratórias, que é normal quando se sai de um país mais tropical para um clima seco e frio, como inflamação de garganta, ouvido e sinusite”.

Além de garantir atendimento médico para seu filho no caso de qualquer uma dessas situações, o seguro viagem também evita gastos exorbitantes. “Nos EUA, por exemplo, as despesas podem variar de 15 a 30 mil dólares. Já destinos menos procurados por brasileiros, como países da América do Sul, os custos podem chegar até 5 mil dólares”, pontua Tiago.

Como funciona o seguro viagem em cruzeiros?
A cobertura para viagens feitas em cruzeiros é a mesma na maioria das seguradoras. No entanto, os imprevistos mais comuns podem ser outros. “Envolvem infecções alimentares, pequenas fraturas e insolação. Todos esses casos contam com pronto atendimento nas enfermarias dos cruzeiros”, aponta Gabriel Rego, Head Travel Brasil da Europ Assistance e pai de Henrique e Victor.

“Caso seja avaliado a necessidade de uma transferência para o atendimento de um especialista e/ou exames mais detalhados, o seguro cobre o deslocamento, o atendimento em local indicado e até o custo de regresso antecipado, comum em sinistros mais críticos”, afirma.

Gabriel também reforça a importância dos pais sempre consultarem as coberturas do seguro viagem antes de sua contratação. “Para que em qualquer momento possam contar com o devido atendimento”, ressalta.

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