Notícias | 30 de janeiro de 2024 | Fonte: CQCS | Nicholas Godoy

Arrastão em loja causa prejuízo de R$300 mil. Como o seguro agiria?

Divulgação/Portal das Câmeras

Na madrugada do último sábado (27), uma loja de eletrônicos no centro de São Paulo foi alvo de um arrastão por parte de moradores de rua, resultando em um prejuízo estimado em R$ 300 mil. Itens como câmeras, gravadores digitais de vídeo, cabos, fontes, conectores e estabilizadores foram levados durante o incidente. O proprietário, ao falar ao portal Folha de São Paulo, revelou que, diante das consideráveis perdas, cogita encerrar as atividades de seu estabelecimento. Diante deste cenário, como o seguro poderia agir e quais seriam as medidas apropriadas diante dessa situação?

Para examinar detalhadamente o incidente e esclarecer dúvidas sobre o ocorrido, o CQCS entrevistou Fred Almeida, corretor, advogado, sócio na BM&X Consultoria e Corretora de Seguros e também professor na Escola Negócios de Seguros (ENS).

Fred abordou sobre o Seguro Empresarial e como ele agiria diante do caso em questão, pontuando a necessidade desse tipo de produto para proteger a empresa em eventos adversos: “Esse é um caso que ilustra sobremaneira a importância do seguro empresarial, em especial da cobertura para roubo/saque de mercadorias. Certamente, o prejuízo pode ser ao menos severamente atenuado, o suficiente para impedir que a empresa quebre.”

Ele complementa sugerindo que a empresa deve ter uma cobertura específica para cada mercadoria, sendo o caso, equipamentos eletrônicos. Isso implica que o seguro empresarial seja ajustado para abranger esses riscos, o que poderia amenizar o impacto financeiro causado pela ação dos usuários da cracolândia: “O cuidado aqui é com as Condições Gerais em virtude do tipo de atividade da empresa, especialmente em relação a equipamentos eletrônicos, já que algumas seguradoras colocam que os equipamentos devem ser armazenados em cofres; também pode haver limitação de indenização por item nesse tipo de bem.”

O advogado ressalta também a necessidade de verificar as disposições do seguro em relação a bens de terceiros que estejam sob posse da empresa. Isso é comum em empresas que realizam serviços de reparo eletrônicos, ou seja, a ideia é garantir que não haja exclusões de riscos nesse cenário – “O foco é nos equipamentos eletrônicos, sugerindo que podem ser um ponto sensível. O cuidado com as condições do seguro se estende a esses bens, e a atenção deve ser redobrada para garantir que todas as exigências sejam atendidas”.

Por fim, o Corretor menciona que pode ser desafiador encontrar uma seguradora disposta a oferecer cobertura naquela região específica. Isso é atribuído à recorrência de casos semelhantes de saques no Centro de São Paulo.

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