Dados oficiais da Susep indicam que o mercado de seguros devolveu para a sociedade, entre janeiro e março, aproximadamente R$ 66,6 bilhões sob a forma de indenizações, resgates, benefícios e sorteios. Esse valor representa um aumento da ordem de 17,34% em relação ao montante registrado no primeiro trimestre do ano passado.
Assim, a média diária de valores injetados pelo setor na economia brasileira girou em torno de R$ 740 milhões, até março.
Mais de 60% desses recursos (R$ 40,3 bilhões) foram referentes a resgates no VGBL, PGBL e planos tradicionais de previdência aberta.
Outra soma importante (R$ 19,7 bilhões) foi relativa aos pagamentos de indenizações de seguros.
Foram registrados ainda R$ 6,5 bilhões em resgates e sorteios na capitalização.
RECEITA
De acordo com a Susep, a arrecadação do setor totalizou pouco menos de R$ R$ 105,4 bilhões até março, representando um crescimento nominal de apenas 2,3% em relação ao primeiro trimestre de 2024.
Já em termos reais (ou seja, descontada a inflação do período), houve queda de 2,77% da receita.
Os segmentos de seguros de danos e seguros de pessoas (excluindo o VGBL) arrecadaram, juntos, R$ 52,24 bilhões no período, o que corresponde a um crescimento nominal de 8,11% e real de 3,05% na comparação com o primeiro trimestre do ano anterior.
No segmento de seguros de danos, o seguro automóvel – responsável por 41% da arrecadação – somou R$ 14,21 bilhões no primeiro trimestre, valor 6,78% superior ao registrado no mesmo período de 2024 em termos nominais, e 1,77% em termos reais.
Outro destaque entre os seguros de danos foi o seguro compreensivo (residencial, condominial e empresarial), que apresentou crescimento nominal de 11,91% e real de 6,67% em relação ao mesmo período do ano anterior.
No caso dos títulos de capitalização, a arrecadação R$ 8,11 bilhões até março de 2025, com crescimento nominal de 9,77% e real de 4,61% na comparação com 2024.
As provisões técnicas do setor totalizavam R$ 1,88 trilhão no final de março, equivalentes a 15,73% do Produto Interno Bruto (PIB).
Em relação a março de 2024, o estoque dessas provisões cresceu 11,91% em termos nominais.