Na última terça-feira (6), ativistas ambientais lançaram tinta vermelha e preta na mansão do jogador de futebol argentino Lionel Messi. O imóvel, adquirido pelo atleta em 2022 por cerca de 11 milhões de euros (62 milhões de reais), fica localizado na ilha espanhola de Ibiza. De acordo com informações do G1, a intenção do grupo era chamar atenção para a responsabilidade dos mais ricos para a crise climática mundial. O CQCS ouviu especialista que discorreu sobre possíveis ações do seguro caso tivesse ocorrido no Brasil.
O Seguro Residencial visa garantir a segurança do lar contra imprevistos, como incêndios, furtos, danos elétricos e até mesmo desastres naturais. O mesmo proporciona tranquilidade ao proprietário ou inquilino, cobrindo custos de reparos ou reposição de bens em casos de sinistros. Além das coberturas básicas, é possível adicionar ao produto proteções, como assistência 24 horas para serviços emergenciais e cobertura de responsabilidade civil.
Em entrevista ao CQCS, a Corretora de Seguros e Tecnóloga em Processos Gerencias, Deisiane Ribeiro, destaca que as seguradoras são absolutamente claras quanto às exclusões no Seguro Residencial. Segundo a especialista, atos de vandalismo, como o ocorrido na mansão do jogador Lionel Messi, bem como motins, arruaças, convulsões sociais, protestos, manifestações, agitações e quaisquer outras perturbações de ordem pública ou de qualquer natureza, caso acontecessem no Brasil, não estão cobertas pelo Seguro Residencial. “A exceção a regra é no Seguro Empresarial onde há a opção da contratação da cobertura específica para tumultos, greves e lockout, mas não há cobertura para o simples vandalismo, são questões totalmente diferentes”, disse.
A Corretora lembra que com respeito às exclusões, algumas seguradoras são mais restritas, enquanto outras mais flexíveis, porém o vandalismo permanece como risco excluído, sem opção de incluí-lo no Seguro Residencial. “Existem coberturas específicas, como incêndio, dano elétrico, vazamento de tubulação, quebra de vidros, impactos de veículos, vendaval, entre outras, porém, não há onde enquadrar o vandalismo”, pontuou.
Por fim, Deisiane Ribeiro, lembra que o vandalismo também costuma ser um risco excluído no Seguro Auto, exceto em alguns casos, como por exemplo briga conjugal. Segundo ela, este caso configura-se como um dano material ao próprio bem segurado. Já no Seguro Residencial, não há dano ao bem material, a casa, sendo a contratação do seguro absolutamente específico ao patrimônio segurado.