Matéria do Valor Econômico publicada dia 14/06 informa que o isolamento social, consequência da pandemia do novo coronavírus, tem impulsionado o interesse por produtos sob demanda, e, com isso, acelerado o lançamento de apólices auto na modalidade “liga e desliga” no Brasil.
Omar Ajame, CEO da TEx, uma das principais fornecedoras de soluções de análise de dados, automação e processos digitais para corretoras e seguradoras no Brasil, conta que: “No exterior, há seguradoras devolvendo prêmios pagos pelos seguros de carros, porque as pessoas pararam de usar veículos por conta do ‘lockdown’”
De acordo com o Valor, um levantamento feito pela TEx indica que um mercado similar aos do exterior começa a se formar no Brasil. A pesquisa ainda indica que houve um recuo de 60% da contratação de novos seguros auto. “O crescimento orgânico de novos seguros auto praticamente zerou porque a economia está parada e a venda de novos veículos caiu mais de 70%, segundo os representantes da indústria automobilística”, aponta Ajame.
Além disso, paralelo a isso, também houve uma redução dos sinistros de automóveis, de acordo com o gerente de inteligência de mercado da TEx, Genildo Dantas. O números da insurtech mostram que as colisões caíram em 65%.
Em consequência disso, há o aumento do chamado produto “pay per use”. Existe uma tendência de procura de seguros mais proporcionais ao deslocamento e, como o deslocamento está zerado, as pessoas começam a pensar nesses produtos que cobram por quilômetro ou pelo tempo de uso”, pondera Dantas.
Uma das pioneiras do seguro sob demanda no Brasil, a ThinkSeg, comandada por Andre Gregori, observou um crescimento na demanda. “tivemos um aumento de 250% de busca pelo ‘pay per use’ pelo nosso marketplace Bidu em maio. É um produto feito justamente para as pessoas que utilizam menos o veículo e, com o isolamento, fica evidente o apelo deste produto”.
De olho nesse cenário, a Argo Seguros pretende lançar nos próximos dias o Instant, um seguro auto com contratação pelo uso e sob demanda. O produto, por exemplo, pode ser contratado por apenas 24 horas, antes de o usuário pegar a estrada. ““O projeto existe desde o ano passado após a Susep autorizar o seguro intermitente em agosto, mas com a pandemia a gente decidiu acelerar o lançamento, porque vimos que esse produto casa com a necessidade no Brasil de um público muito grande que não conta com nenhuma proteção”, afirmou o CEO da Argo, Newton Queiroz, ao Valor.
Com o produto, a a Argo pretende alcançar um público que tem estado fora do radar das seguradoras tradicionais, de veículos com valor de mercado até R$ 30 mil. “Muita gente simplesmente não tem seguro para seu automóvel por conta do preço”, afirma Queiroz. “O pague pelo uso resolve essa questão, além de trazer flexibilidade ao usuário de contratar só quando necessita”, finaliza.
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