O ano de 2021 promete ser movimentado para a indústria de seguros. De acordo com uma matéria publicada pelo Valor Econômico, nesta segunda-feira, dia 29/03, nos planos da Superintendência de Seguros Privados (Susep) para o atual período está a chegada do “open insurance”, ou seja, um ambiente de compartilhamento de dados entre os integrantes da indústria.
O ambiente de troca de informações entre os integrantes do setor de seguros, mediante autorização dos usuários, é similar ao “open banking” utilizado pelo Banco Central e, de acordo com Solange, vai manter uma interconectividade com seu irmão do setor bancário. “Até o fim deste ano, queremos que [o open insurance] comece a rodar”, diz a chefe da Susep.
Ainda de acordo com Solange, com a implementação do open insurance, vai ficar mais fácil, por exemplo, o segurado trocar uma apólice de custo alto por outra de um segurador que ofereça melhores condições. “Os concorrentes terão acesso a dados, histórico e informações que vão permitir ajustar o custo das coberturas de maneira mais efetiva, desde que você autorize”.
O lançamento do Sistema de Registro de Operações (SRO) em novembro de 2020 criou as condições para a implementação do open insurance. Conforme Solange, a plataforma de registro de operações de seguros, previdência complementar aberta, resseguros e capitalização vai servir como base para o serviço.
“A gente combinou com as seguradoras que o SRO seria a base do open insurance. O sistema, na verdade, vai funcionar como uma plataforma na nuvem onde se colocam todos os dados e informações das operações do setor. A partir de autorizações dadas por cada pessoa, os dados podem ser buscados pelas empresas”, explicou Solange.