Em mais uma edição do “Pare e Pense”, o fundador do CQCS, Gustavo Doria Filho rebate as críticas feitas pelo ator Marco Mion à decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que define o rol de procedimentos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) como “taxativo”. Em entrevista ao jornal O Globo, Mion afirmou que a negativa de tratamento “mata”. Para Doria, é exatamente o contrário. “Eu digo que a negativa de tratamento salva. A obrigação de fornecer saúde é do Estado. Saúde suplementar é iniciativa privada, mutualismo. Todos com direitos às mesmas regras e com limitações”, frisa.
Ele acrescenta que, nos planos privados, as mensalidades precisam ser calculadas e não podem ser sem limites. “Se não houver limitações de coberturas e de tratamentos, os preços também não terão limites. Assim, dezenas de milhões de brasileiros vão ficar sem a saúde suplementar, porque as empresas não vão poder pagar os planos coletivos”, assinala.
Doria lembra ainda que, nos anos 1990, mudanças seguidas na legislação, que aparentemente beneficiariam os consumidores, inviabilizaram economicamente os planos de saúde individuais. “Muita gente queria comprar, mas não tinha plano para vender”, pontua Doria.
Para ele, quando contrata um plano privado, a pessoa sabe o que está comprando. “Não pode comprar plano de saúde imaginando que ele vai cobrir o que não está previsto no contrato. Não dá para entrar na concessionária, comprar um Fusca e sair de lá com uma BMW.”, observa.
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