Com o objetivo de levar à sociedade informações completas sobre a dengue, esclarecendo as principais dúvidas sobre a doença, as operadoras Bradesco Saúde e Mediservice, assim como a rede de clínicas Meu Doutor Novamed, do Grupo Bradesco Seguros, disponibilizam em seus sites cartilha sobre o tema. No material, é possível obter informações sobre a doença, as formas de contágio, os sintomas, sinais de gravidade, formas de diagnóstico, tratamento e medicamentos que devem ser evitados em caso de contaminação.
“Prestar serviço à sociedade é nossa missão neste momento. A população precisa entender a doença e como proceder em caso de contaminação e agravamento”, afirma Aline Thomasi, superintendente executiva da Bradesco Saúde e da rede Meu Doutor Novamed.
Para transmitir o conteúdo de forma completa e didática, a cartilha conta com linguagem simples e ilustrações. Além de trazer orientações sobre a dengue, o material também aborda os temas chikungunya e zika vírus, trazendo quadro comparativo sobre a evolução das três doenças e os respectivos sintomas causados pelo vírus no corpo humano em cada estágio do seu ciclo. Ao final, o leitor encontra dicas para garantir o controle do mosquito nas residências e condomínios.
A cartilha pode ser baixada gratuitamente nas áreas públicas dos sites da Bradesco Saúde e da Meu Doutor Novamed. No site da Mediservice, o material está disponível aos beneficiários na área logada.
Médica da família alerta para sintomas e cuidados
Abaixo, a médica de família Danielle Cristina Lourenço Pastura, da Meu Doutor Novamed do Rio de Janeiro, explica detalhes da doença e formas de tratamento.
Como identificar os sintomas da dengue? Como diferenciar das outras doenças transmitidas pelo mesmo agente?
Os sintomas podem variar muito entre os pacientes e até num mesmo paciente, se for contaminado mais de uma vez pelo vírus. Há aqueles que ficam completamente assintomáticos, mas, na maioria dos casos, a doença se divide em três fases: a primeira, chamada febril, que pode durar por até sete dias. Neste caso, há febre alta (de 39 graus ou mais), que começa de forma repentina, além de dor de cabeça, dor atrás dos olhos, nos músculos, articulações e indisposição. Ainda nessa primeira fase, podem ocorrer enjoos, vômitos e diarreia pastosa. A segunda fase, chamada de crítica, inicia logo após a interrupção da febre. É nesse momento, entre três e sete dias desde o início da doença, que podem ocorrer os sinais de alarme. Essa fase pode não estar presente na maioria dos casos e o paciente pode seguir diretamente para o terceiro momento, de recuperação.
Na fase crítica, cerca de metade dos pacientes apresentará manchas vermelhas na pele, com ou sem coceira associada depois da resolução do quadro febril. A dengue pode ser confundida com outras arboviroses transmitidas pelo Aedes aegypti, como a zika e chikungunya, porém todas são febris e podem apresentar dores e manchas vermelhas na pele. O mais importante não é saber o nome do vírus que está causando a doença, mas tratá-la de forma adequada para evitar complicações.
Quais são as recomendações para que a recuperação seja a melhor possível?
O mais importante, sem dúvida, é a hidratação. As evidências atuais recomendam a ingesta abundante de soro caseiro com demais líquidos. Além disso, é fundamental não fazer uso de nenhuma medicação que contenha ácido acetilsalicílico (o AAS) nem anti-inflamatórios. O repouso deve ser relativo, de acordo com os sintomas de cada paciente.
Em que situação um médico deve ser procurado para evitar algo mais grave?
Os sinais de alarme costumam surgir de três a sete dias após o início do quadro, após a resolução da febre. Deve-se procurar atendimento médico sempre que houver dor abdominal intensa e contínua, vômitos incessantes, sensação de desmaio, sangramento de gengivas, prostração grave ou irritabilidade.