Notícias | 5 de março de 2004 | Fonte: Fenaseg

Acordo possibilitará treinamento de policias para classificar danos em veículos

Foi assinado hoje, em São Paulo, acordo entre a Fenaseg – Federação Nacional das Seguradoras, o Sindicato das Seguradoras de São Paulo, o CESVI Brasil – Centro de Experimentação e Segurança Viária e a Polícia Militar Rodoviária de São Paulo, para aplicação de um programa de treinamento a policiais militares, desenvolvido pelo Cesvi, com objetivo de aprimorar o processo de avaliação de danos de veículos que se envolvem em algum tipo de acidente de trânsito e podem ser recuperados. São os chamados salvados, veículo batido que pode ser recuperado (casos de danos de pequena e média monta) ou irrecuperável (danos de grande monta), quando vira sucata. Para o coronel Romeu Takami Mizutami o programa vem no momento exato, em que a sociedade cobra cada vez mais das autoridades medidas que possam contribuir para a redução de acidentes de trânsito, de fraudes, e roubo e furto de automóveis. “Somos responsáveis por definir esses acidentes e os danos causados nos veículos. É preciso haver critérios transparentes e definidos para que tenhamos base para classificá-los”, afirmou. O coronel também se mostrou indignado com a liminar concedida hoje que suspende a obrigatoriedade da identificação de “salvado” na documentação dos veículos recuperados. “Temos que reagir a isso. É por isso que recebemos o título de campeões de mortes no trânsito”, afirmou. Através do programa os policiais vão aprender como utilizar a planilha para classificação de danos. Esta compõe-se de três campos de informações – peças externas, peças mecânicas e peças estruturais, com respostas diretas – sim e não. Para cada pergunta há uma pontuação, cujo somatório resulta na classificação. A metodologia foi desenvolvida nos últimos dois anos, e já foi experimentada e validada por diversas seguradoras quanto a sua efetividade e aplicabilidade, em ações que envolveram mais de dois mil veículos acidentados. O diretor executivo de operações do CESVI Brasil, José Alberto Ramalho, explica que o material vai, inclusive, ajudar a ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas a compor as normas para a classificação de danos de veículos. “Este é um momento estratégico para lançar esse projeto que vem para colaborar com a sociedade e as autoridades. É um ato de cidadania”, ressaltou. O presidente do Sindicato das Seguradoras de São Paulo, Paulo Miguel Marracini, explicou que o maior objetivo das seguradoras é colaborar com as autoridades no combate aos roubos e fraudes de veículos, bem como na adoção de medidas que propiciem o aperfeiçoamento do sistema de classificação de veículos que podem ser recuperados, contribuindo para a diminuição de acidentes, e, conseqüentemente, para o bem estar da sociedade. “O que buscamos é proteger a sociedade”, enfatizou. O diretor de Automóvel e Assuntos Institucionais da Fenaseg, Ricardo Xavier, que também participou do evento, ressaltou ainda que essa é uma metodologia que já existe em outros países e que São Paulo foi escolhida para iniciar o projeto por ter a maior frota do País. “Existe, no entanto, o interesse de estender esse curso para outros estados, pois a preocupação das seguradoras é com a sociedade e com a qualidade do trânsito”, avisou. A expectativa é que em São Paulo cerca de 4 mil homens deverão ser formados nesse curso.

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