Os médicos cooperados da Unimed-BH aprovaram a instituição de um plano de previdência complementar (fundo de pensão), com aporte inicial de R$ 50 milhões. O valor torna entidade o terceiro maior fundo instituído do país, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades de Previdência Complementar (Abrapp).
Os fundos instituídos são aqueles criados a partir de um vínculo associativo, ou seja, por meio de sindicatos, associações de classe e cooperativas. Antes dessa possibilidade, regulamentada em 2003, os trabalhadores dependiam do empregador para criar fundos de pensão patrocinados, restritos ao quadro de funcionários.
O novo fundo contará com os depósitos dos médicos e também com destinação de parte dos resultados anuais da cooperativa, à medida que haja sobras nos exercícios. Os médicos podem, também, migrar eventuais reservas em outras previdências.
“A expectativa é de adesão dos 4.554 cooperados”, afirma Helton Freitas, presidente da Unimed-BH. A operadora de plano de saúde conta atualmente com 700 mil clientes e a receita operacional, em 2007, cresceu 19,1%, para R$ 1,2 bilhão.
“O fundo vem responder a uma demanda de cobertura previdenciária dos médicos e, feita em conjunto, oferece condições de negociações melhor do que se cada um fosse fazer previdência individualmente”, disse.
A cooperativa também fará depósitos de R$ 10 mensais para cada cooperado para cobrir custos de manutenção do fundo. A previsão é que o aporte inicial de R$ 50 milhões seja feito até em agosto deste ano.
O segmento de fundos instituídos vem crescendo fortemente nos últimos anos. Recentemente foram criados os fundos da Fecomércio e vários planos das regionais da OAB. Esses fundos, em geral, são vinculados a entidades multipatrocinadas, como a Petros, que administram alguns desses planos.
A gestão do fundo da Unimed-BH ainda não está definida. Quatro entidades multipatrocinadas estão na disputa: BB Previdência,
Petros, HSBC e Icatu. Já o plano de previdência foi implementado pela Mercer.