Notícias | 21 de setembro de 2022 | Fonte: CQCS l Alícia Ribeiro

Uber sofre ataque hacker e caso chama atenção para o seguro

Em 2016, mais de 57 milhões de registros foram violados e roubados entre motoristas e usuários da Uber. Na última semana, a plataforma sofreu novamente um ataque de hackers e as ações caíram 5,2% na bolsa de valores americana. A empresa definiu como “um incidente de segurança cibernética”. O CQCS procurou Claudio Macedo Pinto, Corretor de Seguros e especialista em Seguro Cibernético, para comentar qual relação o seguro teria com o caso.

Cláudio explicou que o caso da Uber não afetou os dados dos usuários, ou seja, não houve vazamentos. Se houvesse, o seguro iria cobrir as despesas jurídicas para a empresa se defender em ações perante o órgão regulador, eventual pagamento de multa, caso houvesse tal cobertura na apólice, e caso algum cliente entre com uma ação e vença por vazamento de dados, o seguro daria indenização para essa vítima.

“Aparentemente não houve paralisação do sistema, mas se houvesse o seguro poderia cobrir os lucros cessantes do período que eles ficaram sem operação. Os dois primeiros casos são suposições, se tivesse ocorrido vazamento ou paralisação do sistema”, comentou.

O especialista destacou que se a Uber possui seguro, deve cobrir as despesas com eventuais peritos forenses para auxiliar a investigação. “O hacker conseguiu a senha de um terceirizado, o próprio sistema já estava tentando barrar a tentativa. Resumindo, não houveram maiores incidentes, mas se houvesse, o seguro cobriria”, ressaltou.

O corretor também lembrou que outro ponto importante é que neste caso, não houve extorsão. Se tivesse ocorrido, o seguro cobriria, desde que a cobertura tivesse sido contratada.

Cláudio, que fundou a primeira corretora de seguros do Brasil dedicada prioritariamente ao seguro de proteção digital, acredita que as empresas devem contratar proteção por diferentes razões. “Não existe um padrão, cada empresa tem a sua necessidade, mas todas, desde a empresa pequena até a empresa grande, tem seu perfil de risco”, concluiu.

É uma grande oportunidade de negócios para os Corretores que têm interesse em apostar no segmento.

Seguro Cibernético

De acordo com o levantamento da CNseg, a procura por seguros cibernéticos cresceu 41,5% nos primeiros três meses de 2022, quando comparado com o mesmo período do ano passado.

O estudo obtido com exclusividade pela CNN mostra que as empresas brasileiras gastaram, no período, aproximadamente R$ 34,5 milhões em seguros contra ciberataques. Somente em março, as seguradoras do setor arrecadaram R$ 13 milhões.

“Ainda teremos um crescimento grande do setor. Os ataques cibernéticos têm sido cada vez mais frequentes e a proteção oferecida pelo seguro é uma tranquilidade a mais para as empresas evitarem maiores prejuízos”, afirma Dyogo Oliveira, presidente da CNseg.

O seguro cibernético ampara o patrimônio e a operação das empresas de riscos no ambiente digital, que, ao sofrerem um ataque, podem ter seu trabalho comprometido e a confiabilidade questionada. A cobertura engloba diversos cenários, que vão desde a responsabilidade por vazamento de dados, perda de clientes e danos à reputação, lucros cessantes, custos de defesa e indenização, extorsões e gastos para cobrir as causas do vazamento de informação.

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