Notícias | 3 de junho de 2022

Turn2C atrai B3 para mercado de consórcios

De acordo com uma matéria veiculada pelo Pipeline l Startups do Valor Econômico, nesta sexta-feira (03), a B3 acaba de ingressar como investidora na Turn2C, uma startup de consórcios criada há apenas um ano. Na rodada seed de R$ 8,5 milhões, entraram também o Honey Island by 4UM, liderando, e a Urca Angels, já tradicionais nomes nesse mercado. Mas por que a bolsa brasileira?

No mercado financeiro, consórcio é o patinho feio e está longe ser considerado como investimento – mas é inegavelmente uma forma de fazer planejamento, com um público potencial abrangente.

Segundo o portal, o modelo de negócio da Turn2C não é empurrar produto para ganhar volume, mas fazer com que as vendas das administradoras sejam mais eficientes nas suas vendas, para elas e para os clientes. “É um mercado de R$ 220 bilhões com taxa de cancelamento de 50%. Num modelo de venda por montante ou parcela, o cliente muitas vezes não consegue acessar o crédito no momento que esperava e quando recebe, não consegue comprar o bem que pretendia”, diz Bruno Pinheiro, CEO e um dos três fundadores da startup, ao Pipeline.

Pinheiro, que foi sócio do C6 Bank e da Concash, se uniu a Thiago Ramos, ex-Mapfre Consórcios, e à advogada Tatiana Anderson para criar uma startup que utiliza inteligência artificial, modelos matemáticos e estatísticos para definir a operação de consórcio mais adequada, considerando o que o cliente quer comprar, quando e quanto pode pagar.

 O que o sistema faz é indicar um produto exato, e não diversas opções, para os 1,4 mil atuais parceiros fecharem a venda – são principalmente representantes comerciais de administradoras de consórcios, os chamados pastinhas, mas a Turn2C quer convencer os agentes autônomos a aderirem. 

“Os agentes autônomos não viam o consórcio com produto financeiro, mas quando tem à mão uma tecnologia que permite assertividade de 95% e taxa de cancelamento de 3%, vira efetivamente um negócio de crédito. O cliente dele ao invés de sacar o investimento para comprar uma casa ou um carro consegue alavancar com esse dinheiro”, argumenta o empreendedor. 

Se vai ter mais gente do mercado financeiro interessada nisso, a B3 também quer estar. Aliás, a bolsa já estava em conversas com algumas administradoras de consórcios diretamente quando se deparou com a Turn2C. A bolsa anunciou em maio um fundo de R$ 600 milhões, o L4 Venture Builder, para investir em startups, mas a negociação com a fintech veio antes disso.

“Procuramos a bolsa para uma parceria de informações. A B3 é uma imensa companhia de dados e quanto mais informação a gente tiver no modelo, mais assertivo ele fica. A turma começou a se interessar e estávamos abrindo a rodada”, conta Pinheiro.

A B3 diz que o investimento é estratégico dentro de sua proposta de fortalecer a inovação e buscar crescimento em outras frentes. “O investimento na Turn2C é mais um passo nessa direção e amplia a nossa atuação no segmento de infraestrutura de financiamento”, disse Marcos Vanderlei, vice-presidente da unidade de infraestrutura para financiamentos da B3, em comunicado. “Além disso, reforça a presença da B3 no ecossistema de inovação, fortalecendo o propósito de atender e antecipar demandas do mercado com novas soluções que tragam embarcadas a expertise e a robustez da bolsa do Brasil.”

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