No mercado de carros de luxo na Bahia, os proprietários enfrentam um problema. Muitas empresas só fazem o seguro do veículo se os donos pagarem por rastreadores via satélite. Para proteger o veículo de R$ 70 mil, o advogado Clécio Reis fez questão de colocar o carro no seguro. Mas só isso, não pode ser suficiente. Um cliente dele teve uma surpresa depois de ter o veículo roubado.
A seguradora não quis pagar o prejuízo, alegando que o carro não tinha rastreador – dispositivo que permite a localização via satélite. ‘A seguradora recebeu os valores do seguro e após o carro ter sido furtado, houve a resposta negativa em pagar o seguro. Eu entrei com uma ação e ela já foi julgada, determinando que a seguradora pagasse o dano. Entretanto, ela recorreu. Hoje, o projeto está no tribunal’, declara Clécio Reis.
Na Bahia, dos 51 mil veículos de luxo, menos da metade tem seguro. As seguradoras não divulgam quantos têm rastreador. O carro do empresário Maquile dos Santos já veio de fábrica com um dispositivo de segurança. Se ele ativar o rastreador, ganha desconto da seguradora. ‘Eu vou ativar para baratear o custo do seguro’.
De acordo com o Sindicado das Empresas Corretoras de Seguro, ter rastreador é uma exigência para carros de luxo, caminhonetes e caminhões que custam a partir de R$ 70 mil. O equipamento de localização varia de R$ 900 a R$ 2 mil. É cobrada ainda uma taxa de manutenção anual – em média de R$ 100. Segundo o Procon, a exigência de instalar um rastreador para fazer seguro pode ser classificada como venda casada, mas cada caso tem que ser analisado individualmente.
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