Empresa aguarda escoramento da estrutura danificada para fazer avaliação. Perita ouvida pelo Correio afirmou que o foco do incêndio ficou concentrado em um quarto conjugado com a sala do apartamento 603
O subsíndico do Bloco M, da 110 Norte, Luiz Antônio Tizoco Melgaço afirma que a seguradora do edifício, o Grupo SulAmérica, fará uma avaliação dos estragos. “A empresa informou que mandará um técnico em até 48 horas para avaliar os danos e poder estimar o que o seguro cobre. Contudo, eles dependem do escoramento para realizar a análise”, observa. Os donos do apartamento atingido pelas chamas na segunda-feira (14/5) não quiseram dar entrevista sobre o seguro do imóvel.
O delegado Laércio Rosseto, chefe da 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte), responsável pela investigação, descartou qualquer indício de o incêndio ser criminoso. Por causa disso, ele ainda avalia a necessidade de abertura do inquérito, mas garantiu que, independentemente da instauração do procedimento, agentes trabalham para esclarecer as causas do fogo. “Todas as providências estão sendo tomadas de forma independente e haverá perícia para detectar as causas do incêndio”, afirmou.
Uma das peritas do IC, que não quis ser identificada, contou ao Correio que o foco do incêndio ficou concentrado em um quarto conjugado com a sala do apartamento 603, onde começou o fogo. “A instalação elétrica desse quarto e sala foi feita muito tempo depois. É uma instalação externa, mas existe a possibilidade de até os indícios do incêndio terem sido destruídos pelo fogo em razão do tamanho da destruição”, avaliou.
Sites especializados na venda e compra de imóveis anunciam apartamentos no Bloco M da 110 Norte com valores a partir de R$ 1 milhão. Antes do incêndio, uma cobertura no edifício estava avaliada em R$ 2 milhões. O Correio apurou com moradores que um homem comprou um apartamento no 3º andar da prumada C — não atingida pelas chamas —, por R$ 1,1 milhão, ontem, no momento em que as labaredas consumiam o apartamento 603, na prumada A.