Trabalho foi feito em 30 dias por equipes da DIG/Deic de Araçatuba, que esclareceu o falso roubo de um Iphone 13, que causou prejuízo de mais de R$ 8 mil à seguradora
Somente nos últimos 30 dias equiped da DIG/Deic (Delegacia de Investigações Gerais da Divisão Especializada de Investigações Criminais) da Polícia Civil de Araçatuba (SP) esclareceram quatro falsos roubos de celular que foram registrados para aplicar golpes em seguradores.
Os supostos crimes, segundo o que foi divulgado, seriam sempre cometidos contra vítimas que seriam abordadas na rua por bandidos. Em um dos casos, foi denunciado o roubo de um Iphone 13, avaliado em aproximadamente R$ 8.300,00. O caso foi esclarecido pela DIG, que constatou que foi aplicado golpe contra uma seguradora ligada à Nubank.
O delegado José Abonízio explica que os boletins de ocorrência comunicando os roubos de celular foram distribuídos entre as equipes de investigações. Durante os trabalhos, os policiais perceberam que alguns dos crimes denunciados haviam sido simulados para fraudar o seguro, que normalmente é contratado com as lojas de departamento que comercializam os aparelhos.
Vendeu
As fraudes foram descobertas porque a partir da investigação, foi constatado que as supostas vítimas na verdade venderam para terceiros ou em lojas autorizadas os celulares que alegaram terem sido roubados.
Para poder acionar o seguro, o proprietário precisa apresentar o boletim de ocorrência, por isso ele procura a polícia. “O tempo despendido pelos investigadores de polícia para elucidar esses engodos poderia estar sendo utilizado para esclarecer eventos graves, como roubos verdadeiros que realmente acontecem na cidade”, comenta o delegado.
Seguro
Abonízio comenta que esse tipo de crime pode estar crescendo porque normalmente as empresas cobram um pequeno valor adicional às parcelas do celular para fazer o seguro. O valor só é pago em caso de roubo, que é o crime mediante violência ou grave ameaça, punido com até 10 anos de reclusão, se não tiver qualificadora.
Em caso de furto, que é quando o proprietário não percebe quem subtraiu o bem, ou seja, sem violência ou grave ameaça, ou perde o aparelho, o seguro não cobre o valor do celular.
Estelionato
Ele alerta que ao ser constatado tratar-se de falso roubo, como nesses quatro casos esclarecidos, o denunciante passa de vítima a investigado pelo crime de estelionato, com pena de até 5 anos de prisão em caso de condenação, ou pode até configurar delito mais grave.
“Não há crime perfeito. Chegando o registro para as equipes de investigação, ao invés de encontrar um ladrão de celular, os investigadores com certeza irão apontar um estelionatário ou um falso comunicador de crime, que será indiciado e responderá a processo crime perante a Justiça” , explica.