Notícias | 19 de fevereiro de 2010 | Fonte: JPC Communication

Paraná pode ter seu Observatório de Trânsito

Seminário Viver Seguro no Trânsito discutirá proposta dia 8 de março em Curitiba

Um dos pontos mais importantes do Seminário Viver Seguro no Trânsito, no início de março em Curitiba, será o projeto do Observatório de Trânsito do Paraná e da Rede Paranaense de Segurança no Trânsito. Sonho da comunidade ligada à área, o OT nasce a partir de um plano muito simples, baixo investimento e da utilização de dados já disponíveis publicamente, o que dispensará procedimentos burocráticos com órgãos públicos, fator que emperra o andamento de projetos desta natureza. O OT-PR deve usar, no início, dados estatísticos do SIM, Sistema de Informação de Mortalidade, do Ministério da Saúde e já disponíveis na Internet. Nas etapas seguintes, poderá usar outros dados dos municípios do Paraná ligados ao Sistema Nacional de Trânsito. O Presidente da ANTP, Associação Nacional de Transportes Públicos, Ailton Brasiliense apresentará a proposta que será discutida pelos participantes do seminário na manhã de 09 de março.

Sonho antigo

Inúmeras tentativas de criar um observatório de trânsito foram feitas no Paraná e no Brasil recebendo amplo apoio por parte dos eventuais parceiros. Contudo, dificuldades de transpor as barreiras representadas pelos procedimentos burocráticos, impediram a continuidade dos projetos. A lição que ficou, então é que, para nascer, o OT deveria independer da formulação de convênios ou protocolos oficiais.

Com o desenvolvimento do Sistema de Informação de Mortalidade, do Ministério da Saúde, atualmente reconhecido como o banco de dados sobre trânsito mais confiável do País, surge, então, a possibilidade de criar um Observatório de Trânsito, usando inicialmente apenas as informações do SIM. Ele é baseado nos dados dos atestados de óbitos levantados pelas secretarias municipais de saúde.

O plano inicial de operação do OT-PR é, então, detalhar a análise das fatalidades ocorridas no trânsito paranaense a partir dos relatórios das secretarias municipais de saúde. Grande parte dos municípios paranaenses (e brasileiros) não dispõe de estrutura para fazer análise e interpretação dos acidentes de trânsito. Neste sentido o trabalho a ser desenvolvido pelo Observatório torna-se de grande importância para a implementação de políticas públicas que objetivem a redução da acidentalidade e a consequente melhoria da qualidade de vida da população através de um trânsito mais ordeiro.

O presidente da CNSeg – Confederação Nacional das Seguradoras, João Elísio Ferraz de Campos, estima que a criação do Observatório de Trânsito como um projeto-piloto no Paraná pode ser um importante passo para as cidades adequarem seu trânsito alterando substancialmente o nível local de acidentalidade. Hoje o Brasil possui um índice de 19 mortes por grupo de 100.000 habitantes enquanto que países desenvolvidos estão nos arredores dos 5. O Paraná possui uma taxa de 28 fatalidades por 100.000 habitantes, sendo uma das mais altas do País.

Pelos estudos iniciais, se o Observatório de Trânsito do Paraná puder contar com os 30 municípios hoje membros do Sistema Nacional de Trânsito, poderá contar com dados de mais de 60% da população do Estado. Se conseguir aumentar em mais 10 cidades a Rede Paranaense de Segurança no Trânsito, terá perto de 40% da população do Estado.

As prefeituras contatadas até agora mostraram grande interesse na formação da Rede Paranaense de Segurança no Trânsito bem como na criação do Observatório de Trânsito.

Mais informações: J. Pedro Corrêa – (041) 3387-3615 – (041) 9971-1511 – e-mail: [email protected]

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