Notícias | 3 de junho de 2022 | Fonte: CQCS | Sueli Santos

Para Swiss Re Corporate Solutions, indústria de seguros pode ajudar na proteção da biodiversidade

A diversidade biológica – ou a biodiversidade – diz respeito à riqueza e variedade do mundo natural. E tudo está interligado. As plantas, os animais e os microrganismos fornecem alimentos, remédios e boa parte da matéria-prima industrial consumida pelo ser humano. E o que isso tem a ver com seguros? De maneira geral, “a indústria de seguros pode ter ser um grande aliado no gerenciamento do risco e na criação de soluções para proteger a sociedade de perdas”, explica Luís Fabiano dos Santos, COO LatAm na Swiss Re Corporate Solutions.

Já existem estudos indicando um aumento no número de indenizações pagas para cobrir danos causados por desastres naturais. Um exemplo é o estudo sigma do Instituto Swiss Re “Riscos de catástrofes naturais secundárias na linha de frente”, reforçado pelo recente “Catástrofes naturais em 2021: as comportas de inundação estão abertas”. De acordo com a pesquisa, as perdas por perigos secundários têm aumentado devido ao rápido desenvolvimento em áreas expostas a climas severos e temperaturas mais quentes, ou seja, áreas em que a biodiversidade está ameaçada.

As florestas funcionam como barreiras naturais para a ferocidade das inundações repentinas, além de impedir a propagação de incêndios florestais. “A degradação ambiental significa que o impacto é totalmente mais súbito, severo e prejudicial. E o impacto não é apenas em termos de destruição física, mas também de interrupção dos negócios”, ressalta.

Especialistas do Swiss Re Institute calcularam na publicação “The Economics of Climate Change” que, até meados do século, o mundo poderá perder cerca de 10% do valor econômico total com as mudanças climáticas. O mercado de seguros já sabe que ESG é muito mais do que uma palavra da moda.

“As pressões estão aumentando em todos os lados. As divulgações relacionadas ao clima e baseadas na preservação da natureza, provavelmente, se tornarão obrigatórias. Temos, então, a oportunidade de construir resiliência em um cenário corporativo em rápida mudança”, aponta Santos.

Perdas por catástrofes são realidade

O estudo recente do Swiss Re Institute sobre catástrofes naturais aponta, ainda, que as perdas globais por catástrofes seguradas aumentaram para US$ 112 bilhões em 2021, a quarta maior já registrada desde 1970. A atenção para essa demanda de mercado já é uma realidade.

Nesse sentido, a Swiss Re Corporate Solutions dispõe de capital humano especializado e ferramentas tecnológicas potentes para mapear dados e otimizar relatórios. “Investir na melhor infraestrutura de análise tem se mostrado o melhor caminho para obter as informações mais acuradas no que tange à transferência de risco e, portanto, oferecer um leque de soluções, com os melhores serviços para os clientes”, comenta.

Os riscos climáticos se tornaram catalisadores para que governos, organizações e corporações se mobilizem, com um compromisso cada vez maior de explorar diferentes meios para mitigar tais riscos. Cabe ao mercado de seguros compreender as implicações e até explorar formas de transição para energia renovável, ou outras práticas sustentáveis relacionadas à biodiversidade e à resiliência da cadeia de suprimentos.

“Nosso compromisso está em promover práticas sustentáveis em nossas próprias operações para demonstrar boa administração, liderar pelo exemplo e impulsionar o desempenho de longo prazo. Até 2030, através de um trabalho conjunto com instituições privadas e públicas, queremos zerar as emissões líquidas de carbono em nossas operações e, até 2050, em nossas carteiras de subscrição e investimento”, completa o executivo. A companhia trabalha para descarbonizar a subscrição com base na Estrutura de Risco de Negócios Sustentáveis e desenvolvendo um mecanismo abrangente em gestão de carbono.

Com a pandemia global e uma frequência crescente de eventos climáticos extremos – incluindo secas, incêndios florestais e inundações – os impactos diretos e indiretos das mudanças climáticas nunca foram tão claros.

Iniciativas como Glascow Financial Alliance for Net Zero (GFANZ) que, inclusive, tem o Grupo Swiss Re entre os fundadores, defendem que alcançar o objetivo do Acordo de Paris de limitar os aumentos da temperatura global a 1,5°C em relação aos níveis pré-industriais requer uma transição de toda a economia. Este novo modelo deverá ser mais sustentável, promovendo a proteção da biodiversidade.

Além de aproveitar a experiência e o know-how dos especialistas em riscos da Swiss Re Corporate Solutions, Luís Fabiano reforça que todas as pesquisas estão aportadas em dados do Instituto Swiss Re, que gera percepções úteis às frequentes mudanças.

“Um ecossistema de conhecimento auxilia na tomada de decisões para o mercado de seguros e seus clientes. Quanto mais conhecimento do cenário de risco se tem, melhores são as chances de ajudarmos na proteção de nossos clientes”, finaliza.

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