Imagine a cena: você está no trânsito, distraído por um segundo, e bam, um pequeno acidente acontece. Ou pior, chega no local onde estacionou e o carro sumiu. Nessas horas, o seguro automotivo deixa de ser um detalhe do orçamento e vira o único respiro em meio ao caos. Em um país onde os imprevistos são quase rotina, proteger seu veículo é mais do que precaução, é sobrevivência.
Não é à toa que o setor de seguros de automóveis cresceu 4,6% em 2024, segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP). Mas cuidado: escolher o seguro errado pode custar caro, tanto no bolso quanto na paciência. Jorge Martinez, diretor de Produtos da Suhai Seguradora, e Rafael Figueiredo, CEO da D4Sign by Zucchetti, revelam que há mais por trás de um contrato do que se vê na primeira leitura. E o detalhe que você ignorar hoje pode ser o problema de amanhã.
A seguir, eles listam 7 dicas essenciais que podem fazer toda a diferença antes de você assinar qualquer contrato:
- Só compre o que realmente precisa
Sabe aquela empolgação de quem está garantindo uma proteção robusta para o carro? Pois é. Cuidado para não pagar por coberturas que nunca vai usar. “É como comprar um colete salva-vidas no deserto”, brinca Jorge. Entenda como você usa o veículo e contrate com foco na sua rotina.
- Saiba o que fazer em caso de sinistro
Se bater, se roubarem ou se algo inesperado acontecer, você sabe qual é o primeiro passo? Muita gente não sabe. O processo de sinistro ainda gera dúvidas e ansiedade. Conhecer o passo a passo, desde a notificação até o reembolso, pode evitar estresse no pior momento.
- Preencha tudo com atenção cirúrgica
É simples: qualquer informação errada , seja o CEP onde o carro dorme, o nome do condutor principal ou o tipo de uso, pode ser usada contra você. E aí, na hora do aperto, a indenização pode ser negada.
- Danos a terceiros? Pense com carinho
Ninguém gosta de pensar nisso, mas acidentes acontecem. E se o carro atingido for de outra pessoa, a dor de cabeça e o custo, pode ser maior. Cobertura para terceiros evita brigas, processos e noites mal dormidas.
- A tal da franquia faz toda a diferença
Você sabia que, mesmo com seguro, pode ter que pagar parte do prejuízo? Isso se chama franquia. Ela pode ser alta ou baixa, e cada variação impacta no valor do seu contrato. Escolha com consciência.
- Cuidado com as letrinhas pequenas
Cláusulas de exclusão são aquelas pegadinhas que ninguém lê, mas que definem o que o seguro não cobre. “É aí que mora o perigo”, alerta Rafael. Fique atento ao que está fora da cobertura.
- Olho vivo no reajuste e na forma de pagamento
Sim, o seguro pode ficar mais caro no ano seguinte. E se o contrato não for claro sobre isso, a surpresa pode vir com gosto de boleto salgado. Verifique os índices de reajuste e as condições de parcelamento com lupa.
Um contrato mais claro com ajuda da tecnologia
E para quem tem medo de não entender nada do juridiquês, uma boa notícia: a tecnologia está do seu lado. Ferramentas como o D4Sign.AI estão facilitando a leitura de contratos, resumindo cláusulas e tirando dúvidas em tempo real com inteligência artificial. “Nosso objetivo é ajudar o consumidor a assinar com segurança e não por impulso”, explica Rafael.
No fim das contas, um seguro bem contratado é como um guarda-chuva aberto no dia da tempestade: não impede a chuva, mas evita que você chegue encharcado. Então antes de assinar, leia. Pergunte. Entenda. Porque a diferença entre dor de cabeça e tranquilidade pode estar em uma cláusula ignorada.