Notícias | 25 de março de 2024 | Fonte: CQCS | Nicholas Godoy com informações do Valor Econômico

Novo marco legal do Seguro, promete aumentar a Segurança Jurídica, Afirma executivo do IRB

Após adiamento, Projeto de Lei do Senado PLC 29 para reforma no setor de seguros ganha destaque na agenda legislativa. Possivelmente prevista para esta semana, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) volta a discutir a proposta que visa estabelecer um novo marco legal para o setor. Durante o intervalo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, realizou reuniões com representantes do mercado e da Superintendência de Seguros Privados (Susep) para ajustes finais na proposta. Além disso, duas novas emendas foram apresentadas por senadores, uma das quais já recebeu o voto favorável do relator, indicando movimentos significativos no processo legislativo.

Segundo informações do portal Valor Econômico, Rodrigo Botti, vice-presidente financeiro do IRB (Re), que participou da reunião, teve a oportunidade de abordar qualquer ponto relacionado à reforma tributária ou ao PLC 29. Botti afirmou, também, que essa mesma oportunidade foi estendida a todos os participantes da reunião, que incluíam a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), a Federação Nacional das Empresas de Resseguros (Fenaber) e outros representantes do setor.

Na perspectiva de Botti, a aprovação do PLC 29 trará uma maior segurança jurídica ao mercado e aproximará o arcabouço regulatório brasileiro das economias mais desenvolvidas. Essa melhoria na segurança jurídica pode atrair mais interesse para o setor. Sobre um ponto que gerou polêmica no projeto – a inclusão de um capítulo sobre resseguro em um texto específico sobre o setor de seguros – o executivo do IRB considera isso coerente, argumentando que é necessário regular o relacionamento entre seguro e resseguro. Ele destacou também que a posição da empresa difere da Fenaber nesse ponto. Botti informou que dos quatro pontos discutidos na reunião, três foram resolvidos e apenas um – relacionado à ‘aceitação tácita’ – será discutido posteriormente. Os três pontos resolvidos abordaram a regulação de sinistros, exposição a reclamações após o período de cobertura e registro das condições de cobertura e exclusões.

Para Botti, um novo marco legal pode ajudar a reduzir o chamado “gap de proteção”, que é a diferença entre as perdas econômicas e seguradas em caso de evento. No Brasil, esse gap é consideravelmente maior do que em países como os EUA, o que indica espaço para crescimento no setor de seguros e resseguros no país.

Botti também mencionou outro indicador para ilustrar o potencial de crescimento da indústria de seguros e resseguros no Brasil, apontando que o total de ativos dessas empresas representa uma porcentagem muito menor do PIB em comparação com países desenvolvidos como os EUA. Ele destacou que há um amplo espaço para expandir o mercado de seguros no Brasil e reduzir o gap de proteção existente.

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