Notícias | 16 de junho de 2025 | Fonte: CQCS l Manuella Cavalcanti

Mulheres são maioria no setor de seguros, mas desigualdade salarial ainda persiste

A Escola de Negócios e Seguros (ENS) apresentou a quinta edição do Estudo das Mulheres no Mercado de Seguros no Brasil, de autoria de Maria Helena Monteiro, diretora de ensino da ENS, e Francisco Galiza, consultor econômico. Em parceria com a Sou Segura, principal entidade do setor de seguros no que se refere à defesa da representatividade da mulher no segmento empresarial, o estudo contou com um volume de respostas de 19 empresas seguradoras, totalizando cerca de 25 mil funcionários. 

Atualmente, aproximadamente 55% dos funcionários do setor de seguros são mulheres. Deste número, apenas 1% das mulheres ocupam um cargo de alta liderança (C-Level, diretores); 7% em posições de gestão (superintendentes, gerentes); 7% em cargos de coordenação ou supervisão; e 85% desempenham papéis operacionais ou administrativos. 

O estudo também registrou a proporção de que, para cada diretora mulher, existem 2,4 diretores homens. Apesar da diferença ainda ser expressiva, o quinto Estudo das Mulheres no Mercado de Seguros no Brasil, com base em dados de 2024, mostra uma certa evolução quando comparado com o primeiro estudo, que leva em consideração dados de 2012. Na época, a proporção era ainda mais discrepante: para cada diretora mulher, haviam 4 diretores homens. 

Outro aspecto analisado na quinta edição do estudo foi a média salarial, levando em consideração o gênero do funcionário. Em 2015, o salário médio total de R$ 5,4 mil/mês para homens e R$ 3,9 mil/mês para mulheres, representando uma proporção de 72%. Em 2024, os homens do mercado de seguros têm uma média salarial de R$ 9,7 mil/mês, enquanto que, para mulheres, a média é R$ 6,8 mil/mês, que representa proporção de 70%. 

Os indicadores reforçam a importância de políticas mais efetivas de equidade de gênero, que, nos últimos nove anos, também aumentaram. Em 2015, menos de 30% das empresas tinham políticas para promover a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres. Em 2024, por sua vez, 75% das seguradoras já usam estes programas. A crescente adesão das seguradoras a políticas de igualdade é um sinal positivo, mas o obstáculo agora é garantir a efetividade delas, promovendo um ambiente mais justo, inclusivo e equilibrado para todos os profissionais do setor.

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