Com o objetivo de aumentar o uso de seguros para celular no Brasil, a Insurtech Pitzi captou investimento de 60 milhões de reais.
Em matéria publicada no PEGN, destacou a trajetória da Pitzi, insurtech focada em smartphones. A matéria destacou que o Brasil tem 230 milhões de smartphones, mas apenas 4% da população tem seguro para celular. Então o empreendedor Daniel Hatkoff criou a startup do ramo de seguros Pitzi para mudar esse quadro. Hoje, a ideia de negócio vale 450 milhões de reais.
Os recursos obtidos pela startup servirão para acelerar o negócio, das parcerias às contratações e melhorias na operação. A Pitzi atende um milhão de donos de smartphone – mas acredita que esse mercado é muito maior.
Em entrevista ao PEGN, o americano Daniel Hatkoff começou a olhar para oportunidades no mercado brasileiro em 2010, quando trabalhava em um fundo de investimentos. “As pessoas começavam a ver o poder transformador dos smartphones nas relações de compras, comunicação e trabalho. Foi um momento importante para a tecnologia no país”, diz.
Hatkoff veio para o Brasil em 2010 e morou em Santa Catarina e Mato Grosso. Ele estudou ideias de negócio que tivessem a ver com smartphones. O executivo percebeu como os celulares inteligentes custavam caro no país e como era financeiramente difícil consertar ou comprar outro aparelho no caso de furto.
A Pitzi conversa com fábricas e seguradoras parceiras para colocar uma camada de tecnologia no atendimento aos donos de smartphones buscando seguros.
A Pitzi trabalha com um prazo de cinco dias úteis para reposição de um celular inteligente em caso de danos ou furto. Mas costuma entregar em dois dias úteis, diz Hatkoff. A insurtech investe em inteligência artificial para identificar fraudes nos pedidos de indenização e também para predizer a produção necessária de smartphones nas fábricas e a consequente logística dos aparelhos.
Atualmente a Pitzi atende um milhão de clientes. O plano é contratado anualmente e custa 25% do valor do aparelho. “Ainda é um valor alto. Estamos trabalhando para deixá-lo mais acessível”, diz o fundador.
O crescimento médio mensal da Pitzi vai de 10 a 20%
Investimentos e planos de expansão
A nova rodada de 60 milhões de reais foi liderada pelos fundos QED Investors (que também aportou nas fintechs brasileiras Creditas e Nubank) e WTI (investidores nas fintechs americana Kabbage e PayJoy e na fintech queniana Tala). Anteriormente, a Pitzi já havia levantado 70 milhões de reais em outras três rodadas de investimento com fundos como DCM, Flybridge, KaszeK Ventures e Thrive. Ao todo, portanto, o negócio levantou 130 milhões de reais com investidores.
A startup mais que dobrou de tamanho em 2018. Para este ano, espera crescer de três a quatro vezes. A democratização será fundamental para bater as metas e a transformar os 4% da população brasileira com alguma proteção ao seu smartphone em 30% nos próximos dois anos e em 90% nos próximos cinco anos. A ambição já vale 450 milhões de reais.