Notícias | 25 de abril de 2025 | Fonte: CQCS | Ítalo Menezes

Homem morre após pagar seguro por 20 anos e família não recebe indenização: caso alerta importância de conhecer o produto contratado

Na última segunda-feira (21), uma matéria exibida pelo telejornal Fala Brasil, da RecordTV, chamou a atenção dos telespectadores. Segundo a reportagem, um homem que afirmava à família estar segurado há 20 anos, faleceu após complicações decorrentes de uma cirurgia cardíaca, mas, ao acionar a apólice, os familiares descobriram que não tinham direito à indenização. O contrato previa apenas cobertura para morte acidental. O CQCS entrevistou o consultor e sócio-proprietário da TGL Consultoria, Rogério Araújo, que esclareceu os limites e a natureza do contrato em questão.

A situação também foi compartilhada nas redes pela influenciadora brasileira Eliane Farmer, que mora nos Estados Unidos e é amiga da família, residente no Brasil. O vídeo, que viralizou, expôs o sentimento de frustração por parte dos familiares, que acreditaram por duas décadas que o núcleo familiar estava protegido em caso de uma fatalidade.

O CQCS conversou com o especialista Rogério Araújo, que esclareceu: “O que foi descrito na reportagem parece ser um Seguro de Acidentes Pessoais, que cobre exclusivamente falecimentos por causas externas, involuntárias e acidentais, como acidentes de trânsito ou quedas, por exemplo. Não é um seguro de vida tradicional, que contempla também causas naturais, como doenças ou complicações cirúrgicas”, explicou.

Segundo Araújo, o episódio não se trata de uma falha da seguradora, mas sim de um desalinhamento entre expectativa e realidade contratual. “O problema não está nas chamadas ‘letras miúdas’, mas na ausência de orientação no momento da contratação. A família confiava que o seguro ofereceria proteção total, mas o produto escolhido não atendia a essa expectativa”, disse. O especialista também destacou a raiz mais profunda do problema: a falta de educação financeira e securitária no Brasil: “A contratação de um seguro exige clareza, orientação e personalização. O seguro certo, para a pessoa certa, no momento certo, pode fazer toda a diferença”, frisou.

De acordo com Araújo, o mercado de seguros de vida no Brasil é sólido e relevante. Somente em 2024, mais de R$ 8,5 bilhões foram pagos em indenizações nos seguros de vida individual e coletivo, o que representa quase R$ 1 milhão por hora devolvidos às famílias brasileiras em momentos de necessidade. “A falsa sensação de segurança causada por uma contratação equivocada é tão prejudicial quanto não ter proteção nenhuma. É por isso que precisamos valorizar os profissionais que atuam com responsabilidade consultiva, como os Corretores de Seguros, e reforçar a necessidade de que os comunicadores tratem o tema com responsabilidade, esclarecendo em vez de apenas polemizar”, concluiu.

O telejornal Fala Brasil informou ainda que a família do homem falecido segue aguardando um posicionamento definitivo sobre a possibilidade de receber o valor do seguro. Durante a reportagem, foi ressaltada a importância de contratar um seguro com total compreensão sobre o que está sendo adquirido.

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