Com o envelhecimento acelerado da população brasileira, os custos com planos de saúde crescem de forma significativa, refletindo a necessidade de adaptação do setor às novas demandas nas faixas etárias. Dados do último Censo apontam que o Brasil já conta com 32,1 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, o equivalente a quase 16% da população, um crescimento de mais de 56% em relação a 2010. A saúde suplementar tem como pilar o chamado pacto intergeracional, onde os jovens custeiam parte da utilização do sistema pelas pessoas com mais idade. E quanto menor o número de jovens, a sustentabilidade desse sistema é ameaçada. Segundo o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, estima-se que no Brasil haja 35,4 milhões de idosos.
As operadoras têm feito um notável esforço de gestão, visando reduzir custos para aperfeiçoar suas operações, garantindo a preservação plena da assistência de excelência fornecida a seus beneficiários. É preciso estimular a adoção de estratégias para conferir mais eficiência ao setor. Bruno Sobral, diretor executivo da FenaSaúde, apontou o que pode contribuir para o aumento nos gastos dos planos. “Entre os fatores que pressionam os custos das operadoras de planos de saúde, é possível destacar a judicialização excessiva motivada por mudanças de regras legais e regulatórias promovidas nos últimos anos, sem a devida avaliação dos impactos financeiros, a incorporação de novos tratamentos e medicamentos cada vez mais caros, o aumento das fraudes, e a inflação médica, historicamente superior à inflação geral.”
Segundo informações divulgadas pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), entre 2019 e 2024, houve um crescimento de 42% no número de centenários beneficiários de planos de saúde. A quantidade subiu de 7.636 para 10.845, o que representa quase um terço dessa população no Brasil, estimada em 37.814, em 2024, conforme o documento.
A maioria dos centenários está em planos individuais, com 44,1% e nas cooperativas médicas, apresentando um percentual referente a 37.5%. Embora a demanda desta faixa etária venha aumentando, o número de beneficiários de 60 anos ou mais também obteve crescimento. Segundo a ANS, existe um aumento constante no número de idosos nos últimos anos, com destaque para as faixas etárias entre 60 e 79 anos. Além disso, a procura por planos de saúde para mulheres idosas tem crescido, com aumento significativo para o grupo citado.
A população com mais de 60 anos também dobrou nas últimas duas décadas e vai continuar crescendo: em 2050, serão 65 milhões. Para amenizar os custos e aumentar a conscientização nos cuidados com a saúde, existem empresas firmando parcerias com as operadoras de saúde para oferecer soluções personalizadas, ou programas específicos, voltados para os 50+, como a medicina preventiva e o acompanhamento de idosos.
Fabio Izoton, corretor especialista em Saúde da Segna, membro do Grupo A12+, explicou a importância desses acompanhamentos realizados pelas operadoras. “Os planos e seguros saúde já reconhecem a importância de programas voltados para o público idoso, oferecendo soluções específicas para esse segmento.” Além disso, existem operadoras especializadas em atender o público 50+, proporcionando cuidados preventivos e acompanhamento contínuo. Essa personalização tem sido valorizada pelas empresas que buscam melhorar a qualidade de vida de seus colaboradores e dependentes.”
Esses programas podem incluir acompanhamento médico especializado, atividades físicas e de lazer, além de orientações sobre saúde e bem-estar. Além disso, o governo federal e outras instituições também oferecem programas e ações voltados para a saúde e qualidade de vida da população idosa.
Fabio Faria de Souza, CEO da Fluxo Seguros, detalhou como essa consultoria é essencial para oferecer a melhor cobertura para os idosos. O corretor reforça a importância de uma consultoria especializada aos clientes com esse perfil. “O acompanhamento de doenças crônicas é essencial, e o acesso facilitado a diversos especialistas gera a segurança de que qualquer necessidade será prontamente atendida. É importante lembrar que esse suporte médico é um grande aliado para um envelhecimento saudável.”, concluiu.