Enquanto aumenta a rigidez da legislação brasileira em relação à responsabilidade dos administradores, cresce a procura por seguros de responsabilidade de executivos – ou o chamado “Directors & Officers (D&O)”. Na Chubb do Brasil Cia. de Seguros, aumentou não só o volume de negócios como também diversificou-se o perfil das empresas interessadas por este tipo de seguro.
Segundo o gerente de seguros de responsabilidade de executivos da Chubb, Renato Rodrigues, o volume de seguros deste tipo vendidos em 2003 aumentou 113% em relação a 2002. Além disso, o perfil da carteira de clientes mudou, aumentando a presença de empresas de menor porte e de limitadas. No fim de 2002, metade dos clientes era composta de empresas abertas e a outra metade de limitadas. Em 2003, a seguradora fechou o ano com 85% dos clientes de empresas de capital fechado dos mais diversos setores.
Paulo Baptista, gerente de produtos financeiros da corretora de seguros Marsh, também confirma a mudança de perfil dos interessados nos últimos dois anos e um crescimento na procura do produto de aproximadamente 50% em 2003 na comparação com o ano anterior. “O número de consultas também está muito maior”, diz.
A mudança no perfil dos contratantes nos últimos dois anos é explicada pela entrada em vigor do novo Código Civil, que passou a oferecer mais instrumentos para os cidadãos buscarem o ressarcimento de danos que tenham sofrido. Antes, segundo Baptista, os principais clientes eram as sociedades anônimas, que contratavam o seguro como proteção aos seus administradores de possíveis processos de acionistas que se sentissem prejudicados por alguma estratégia de gestão. Segundo Baptista, a expectativa é de um crescimento de 100% do produto neste ano. Ele lembra, entretanto, que, de uma forma geral, o número de empresas que contratam o seguro para seus executivos ainda é muito pequeno no Brasil.