O terceiro painel do primeiro dia do CQCS Insurtech e Innovation, realizado nesta terça (25), em São Paulo, na sala Luiz Felipe Paradeda, contou com a presença do diretor geral da Omint, André Coutinho, o presidente da Bradesco Saúde e Mediservice, Manoel Peres, e a CEO da SulAmérica Saúde e Odonto, Raquel Reis, para tratarem sobre o tema “O futuro não tão distante da saúde suplementar”.
Manoel Peres ressaltou a importância da saúde suplementar no dia a dia dos brasileiros e destacou que ter acesso a este serviço é um desejo comum à grande maioria: “O fato é que as pessoas querem ter acesso a saúde suplementar, qualidade dos serviços prestados. Mas está cada vez mais difícil lidar com os custos do setor.”, disse.
“O custo mudou de patamar e vai mudar ainda mais. A [pouca] renda e o desemprego vai ‘expulsar’ pessoas que estão hoje.”. Esse é um receio que perpetua outros executivos, como Raquel Reis. A CEO da SulAmérica Saúde e Odonto enfatizou que gostaria de estar dando mais atenção a outros assuntos e não focalizando apenas no cenário preocupante da saúde suplementar: “Gostaríamos de estar investindo tempo em prevenção, atenção primária, fazer produtos mais sustentáveis. A gente investe tempo nisso, mas muito menos do que gostaríamos.”, pontuou.
Em meio ao cenário, Raquel destacou que os corretores são peças fundamentais para dar suporte às seguradoras, especialmente para levar conhecimento aos clientes. Além disso, a executiva comentou que a verticalização pode ser possível para compensar os resultados atuais e que, atualmente, tem empresas sucedidas por isso. No entanto, não é o caso da SulAmérica.
O melhor cenário para a saúde suplementar, mesmo diante de um panorama complicado, de acordo com o executivo André Coutinho, não é os clientes deixarem de utilizá-la e, sim, o contrário: “O melhor cliente não é aquele que não usa. O melhor cliente é aquele que usa corretamente”, concluiu ele.