De maneira geral, o ano de 2016 não tem sido fácil. Para o corretor de seguros, não foi diferente.
Até agora uma das expressões mais ouvidas por ele foi cross-selling. Em todo evento em que participou, ele foi cobrado. E a justificativa é simples: dificilmente o ano traria novos clientes. Era preciso trabalhar novos produtos com os clientes já existentes.
Assim, lá foi o corretor tentar entender e aprender como fazer tal abordagem.
A corretagem de seguros é daquelas profissões que o bom desempenho depende, na maior parte das vezes, do próprio profissional. Claro que o cenário em que ele está inserido é importante, mas se o corretor trabalhar bem sua carteira de clientes, ele terá um faturamento que lhe garanta, pelo menos, uma vida digna. Por isso, falar em empreendedorismo para esses profissionais faz muito sentido.
O empreendedorismo demanda uma série de ações, estudos e cuidados que o futuro empresário deve tomar para que seu planejamento flua dentro ou próximo do previsto. Ora um corretor de seguros é um empresário. Mesmo que ele seja um pequeno corretor e não tenha funcionários. Ao abrir um corretora de seguros, o profissional deve ter em mente que, além do desafio da venda do seguro, ele terá, também, os desafios da administração empresarial que incluem: plano de negócios, provisão de giro e caixa, ações de divulgação e marketing, além da formalização.
Para o presidente do Sincor-SP, Alexandre Camillo, não há espaço para o desânimo na vida do corretor de seguros. “Para alcançarmos o êxito esperado, temos de continuar investindo em diferenciais de produtos e serviços, nichos promissores e técnicas de vendas e de fidelização de clientes, consolidando nosso papel de empreendedores do mercado”, afirma.
O mercado segurador brasileiro cresce e isso exige do corretor uma postura cada vez mais profissional. Os corretores estão se atentando à necessidade de se organizarem e construírem parcerias e estruturas para desenvolvimento e crescimento de suas corretoras. Quem não fizer isso estará fadado a desaparecer do mercado.
O empreendedorismo apresenta crescimento no Brasil nos últimos anos. O instituto Endeavor, uma organização mundial de fomento ao empreendedorismo, já identificou em pesquisas passadas que mais de 50% dos brasileiros gostariam de ter seu negócio próprio. Uma das profissões que permitem a concretização desse projeto é a de corretor de seguros.
O mercado de seguros tem características muito especiais, com multiplicidade de produtos e serviços disponíveis, aliados à necessidade potencial de proteção pessoal e empresarial de clientes. Quando o corretor decide tornar-se um empreendedor deve estar pronto a desenvolver características criativas. É preciso visualizar oportunidades e isso pode significar estabelecer desafios que precisam ser superados com soluções diferenciadas.
A concorrência é acirrada. Para ganhar destaque e se sair bem o corretor deve atuar em uma área com menos concorrência e diversificar de produtos pode ser uma ótimo alternativa. Além disso, o corretor deve se especializar em alguma área, por isso a atualização é fundamental.
O corretor de seguros é o principal canal de distribuição e, por isso, seu trabalho é fundamental. Para o segurado que confia em sua avaliação e espera que o corretor vá buscar no mercado a seguradora que vai proteger seu risco, que pode ser um bem material ou mesmo a proteção e o futuro da família. O corretor é o conselheiro do consumidor.
Como empreendedor e único responsável por sua corretora, o profissional deve estar atento ao mercado, cuidar de sua carteira de clientes, cuidar da imagem de sua corretora e, claro, cuidar da autoimagem e do seu aprendizado já que ele deve conhecer as melhores opções de produto para apresentar ao cliente. É difícil fazer tudo isso, mas quem disse que seria fácil? E no fundo, o profissional já sabia, ao escolher a profissão, que sua missão não seria fácil.