Notícias | 3 de fevereiro de 2004 | Fonte: Gazeta Mercantil

Captação recorde de R$ 17 bi

Levantamento da Anbid aponta forte fluxo de recursos em janeiro. Os fundos de investimento começam 2004 superando pelo menos duas importantes marcas. Após ter passado a barreira dos R$ 500 bilhões em recursos na primeira metade do mês, o setor encerra janeiro com patrimônio líquido de R$ 516 bilhões. Além disso, a captação líquida do período é recorde e chega a R$ 17 bilhões, próxima de tudo o que foi captado nos três primeiros meses de 2003 – R$ 18,9 bilhões.

Em 360 dias, o fluxo de investimento registrado, de R$ 68,8 bilhões, supera os R$ 63,8 bilhões em saídas contabilizadas em 2002, após o episódio conhecido como marcação a mercado, quando os gestores passaram, por exigência do Banco Central, a contabilizar os papéis dos fundos pelo valor de mercado do dia, o que elevou a volatilidade das cotas e afugentou os investidores.

Em janeiro, a renda fixa mantém a liderança isolada em termos de captações, com R$ 10,6 bilhões em entradas. A decisão do Banco Central de manter os juros em 16,5% ao ano, adotada na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) pode, no entanto, alterar o constante fluxo para o setor em fevereiro.

DI recupera terreno

Após um período de perda de terreno em 2003, os fundos DI e de curto prazo captam R$ 3,157 bilhões em janeiro, seguidos pelas carteiras mistas, com entradas de R$ 2,346 bilhões.

O período também é positivo para os fundos de previdência, com saldo positivo de R$ 727,63 milhões, e para os fundos de ações, com entradas de R$ 319,1 milhões.

Os fundos cambiais registram o maior volume em saques, de R$ 99,53 milhões, seguidos pelos Fundos de Investimento no Exterior (Fiex), os quais perdem R$ 44,01 milhões. Já os fundos de privatização apresentam saques de R$ 25,89 milhões.

Ações nos EUA

Os fundos de ações captaram US$ 6,3 bilhões no período de sete dias encerrado em 28 de janeiro, o maior fluxo semanal desde 17 de abril de 2002. A categoria também registra saldo semanal médio de US$ 7,2 bilhões nas últimas quatro semanas – a média mais expressiva desde março de 2000.

Com 77% do saldo de entradas, os fundos domésticos captaram US$ 4,9 bilhões na semana.

O destaque do setor foram as carteiras de crescimento voltadas para ações de empresas de alta capitalização e os fundos de valor, com quase metade do volume.
Autor: Flavia Lima

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