Notícias | 3 de agosto de 2012 | Fonte: Valor On line

Bradesco Seguros lança apólice específica para atletas no Brasil

O jogador de basquete Leandrinho já ficou de fora de jogo da seleção brasileira por falta de um seguro específico. Há tempos o Palmeiras não fazia nenhuma contratação importante. Após muito esforço, conseguiu um investidor e, no começo do ano, pagou € 6 milhões (R$ 15 milhões) para repatriar o volante Wesley, que estava no Werder Bremen, da Alemanha. Mas logo na terceira partida o jogador rompeu o ligamento do joelho, o que o deixará afastado do gramado por oito meses. Estima-se que seu salário gire em torno de R$ 400 mil por mês. Resultado: o clube pode chegar a gastar aproximadamente R$ 3 milhões com o jogador parado. Palmeiras poderia ter se poupado desse ônus caso o seguro de vida que contrata para os seus jogadores fosse específico para atletas. É este tipo de apólice que finalmente chega ao Brasil. Após um ano de negociações com a Susep, a Bradesco Seguros conseguiu a aprovação do produto pelo órgão.


Um dos principais diferenciais do produto é a cobertura inédita para incapacidade física temporária por acidente ou doença, que garante o pagamento de indenização correspondente à remuneração do atleta durante o período em que estiver impossibilitado de exercer sua atividade profissional. Outro ponto relevante em que o seguro tradicional de vida não atende às necessidades dos atletas é no caso de invalidez permanente por acidente ou doença, que obriga o atleta a encerrar sua carreira. Neste caso, o seguro tradicional não paga o valor total da cobertura contratada, mas sim um percentual correspondente ao membro que causou a invalidez, não levando em consideração o impacto da lesão na carreira do atleta. O seguro para atletas lançado agora pela Bradesco Seguros paga o valor integral do capital segurado pela apólice de vida.


A Confederação Brasileira de Basquete (CBB) contratou o seguro para a equipe brasileira para dois eventos: a Olimpíada de Londres e o campeonato sul-americano de basquete. O Goiás Esporte Clube também adquiriu o seguro para os seus jogadores. “Além da necessidade grande, há um clima favorável [para a demanda pelo seguro] em função dos grandes eventos esportivos que serão sediados no Brasil, além dos internacionais, como a Olimpíada de Londres”, diz Lúcio Flávio de Oliveira, presidente da Bradesco Vida e Previdência, empresa do Grupo Bradesco Seguros. Exigido pelos clubes na Europa e nos Estados Unidos, a falta de um seguro específico para atletas no Brasil já dificultou, encareceu e até mesmo impediu a participação de jogadores que atuam em clubes no exterior em jogos pela seleção brasileira ou em partidas em clubes locais, em caso de empréstimo de atleta.

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