Conforme noticiado pelo CQCS, a Uber Technologies Inc. processou um grupo de advogados, prestadores de serviços médicos e motoristas de aplicativos de transporte. De acordo com a empresa que conecta passageiros a motoristas parceiros, os acusados forjaram acidentes de carros, fabricaram danos e realizaram procedimentos médicos sem necessidade para se beneficiarem de apólices de seguros na Flórida, Estados Unidos. No Brasil, casos semelhantes também preocupam o setor securitário, pois geram prejuízos milionários às seguradoras e impactam diretamente o valor dos prêmios pagos pelos consumidores.
Helder Sobreda Alves, corretor de seguros na Sobreda Seguros, explica que o seguro automóvel para quem faz transporte por aplicativo é de difícil aceitação devido ao grande risco exposto pelo tempo que o carro anda por dia, principalmente em grandes cidades, e pela circulação de locais indefinidos, com grande índice de roubos. O corretor também destacou que o aluguel do veículo para outros condutores aumenta o risco do patrimônio, dificultando a aceitação do risco.
Atualmente, o mercado de seguros brasileiro já conta com formas de combate às fraudes, como o uso de inteligência artificial, análise de padrões e integração de bases de dados a fim de identificar irregularidades e proteger os clientes que atuam com responsabilidade. Sobreda ressalta que sinais comuns podem acender o alerta acerca de possíveis fraudes. “A descrição do acidente, muitas vezes, sem maiores detalhes de como o evento ocorreu, na inconsistência dos envolvidos em fornecer dados precisos, como local, dia e horário, e os danos não corresponderem à narrativa”, explica o corretor.
Apesar dos sistemas avançados de avaliação dos casos, que têm sido cada vez mais frequentes nas seguradoras, Sobreda acredita que, para coibir as práticas ilegais, a aplicação das leis deve ser efetiva e as autoridades devem punir os responsáveis.
Nesse contexto, os corretores de seguros também desempenham um papel essencial e devem estar atentos para avisar as seguradoras do que está suspeitando para que as companhias tomem as providências necessárias para a apuração. Se a fraude for comprovada, a seguradora deve repassar o caso para as autoridades competentes. “A parceria entre corretor e seguradora é fundamental nesses casos, mas vale ressaltar que existem casos em que o corretor não tem nenhum indício de que uma fraude pode estar acontecendo”, finaliza.
Golpe contra a Uber acende alerta para fraudes no seguro auto

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