Banco do Brasil prevê crescimento de 20% a 22% do mercado brasileiro de previdência privada neste ano, frente a 2007, mantendo o ritmo apresentado pelo setor no ano passado, quando encerrou dezembro com captações de R$ 28,096 bilhões, aumento de 22,7%. O banco aposta crescer acima da média do mercado, por meio da Brasilprev, mas não revela seus números.
Segundo o diretor comercial da Brasilprev, Marco Barros, o cenário de estabilidade prolongada associado a taxas de juros declinantes, apesar de movimento contrário que considera de curto prazo, manteve as perspectivas favoráveis para o segmento. Ele afirmou que o mercado continuará crescendo na base de dois dígitos no próximo ano.
O cenário positivo traçado pelo banco foi confirmado, até aqui, pelo resultado do primeiro bimestre deste ano, divulgado pela Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi). Em janeiro e fevereiro, o volume de captações do mercado de previdência privada alcançou o recorde de R$ 4,9 bilhões, crescimento de 28% na comparação ao primeiro bimestre de 2007.
Os planos VGBL continuaram liderando, com R$ 3,452 bilhões, alta de 36,63%. Em seguida aparecem os planos PGBL, com R$ 877,4 milhões, crescimento de 19,6% frente aos dois primeiros meses de 2007. Uma das apostas da Brasilprev para crescer acima do mercado está, no entanto, nos fundos de Ciclo de Vida, compostos por renda fixa e ações.
Os produtos Ciclo de Vida do Banco do Brasil foram lançados no ano passado, em fase piloto que teve foco em clientes pessoa física de alta renda. No começo deste ano, os produtos tornaram-se disponíveis para toda a gama de clientes do banco, o que abriu um público potencial de contratação que chega a 26 milhões de pessoas.
“Nos Estados Unidos, essa modalidade existe desde 2002. É a que mais cresce no mercado americano, com taxa média de 60% ao ano. Nossa primeira resposta ao lançamento foi muito positiva. O crescimento dos produtos de Ciclo de Vida foi cinco vezes acima do que inicialmente havíamos planejado”, explica ele.
acionistas. Presente no Brasil há 14 anos, a Brasilprev Seguros e Previdência S.A. tem como acionistas o Banco do Brasil (49,99%), o Principal Financial Group (46,01%) e o Sebrae (4%). A Brasilprev é uma das maiores empresas do setor de previdência complementar do país. Já superou a marca de R$ 16 bilhões de ativos e administra mais de 2 milhões de planos.
Pesquisa interna realizada pela Brasilprev revelou que a Região Sudeste representa 53% das reservas dos planos PGBL e VGBL administrados pela empresa. O Rio de Janeiro é um dos destaques na região, representando 22% das reservas, atrás apenas do Estado de São Paulo, que tem ampla vantagem com 52%.
“O Sudeste é responsável por metade da arrecadação da Brasilprev em PGBL e VGBL, tendo crescido de forma consistente nos últimos anos. Em 2007, por exemplo, a arrecadação desses planos no Rio de Janeiro cresceu 20%”, afirma Barros. O executivo revela, ainda, que a contribuição média dos clientes do Rio aos planos PGBL e VGBL da empresa é de R$ 197, em linha com o País.
´perfil de clientes. Com relação ao perfil dos clientes da Brasilprev no Estado do Rio, o estudo apontou que 52% são do sexo masculino e 24% são casados. Do total de clientes da empresa no estado, 65% têm Plano Individual, 32% Plano Júnior e 3% possuem os dois tipos de produtos, sendo que 55% do total contribuem para planos da modalidade PGBL.
“O cenário macroeconômico, em especial a queda da taxa de juros, está favorecendo maior aporte dos recursos em fundos de renda variável”, disse.
Na Região Sudeste não é diferente. No primeiro semestre de 2007, 11% dos clientes da Brasilprev da Região Sudeste aplicavam seus recursos em fundos de renda variável. No final do ano, esse valor subiu para 16%, acrescentou ele.
No Sudeste, a Brasilprev conta com mais de 6 mil empresas clientes de todos os portes. Juntas, elas representam 46% dos clientes pessoa jurídica da companhia e concentram mais de 82 mil planos com saldo de reserva superior a R$ 950 milhões, o equivalente a 64% do saldo de reserva de todos os planos PJ da Brasilprev.