Com serviços variados, Porto Seguro alcança a primeira posição entre brasileiros de maior poder aquisitivo; Hellmann’s ocupa o segundo lugar e Brastemp, o terceiro.
Os produtos que não saem da lembrança dos brasileiros com maior poder aquisitivo pertencem a marcas que não têm especificamente como estratégia de marketing esse público de alta renda. No primeiro lugar da categoria está a Porto Seguro, em segundo, a maionese Hellmann’s, e, em terceiro, a Brastemp.
“As marcas vencedoras do Top Classe A têm prestígio, tradição e qualidade. Contam com características e valores associados ao luxo no Brasil, ainda que não necessariamente sejam exclusivos desse segmento”, diz Carlos Ferreirinha, diretor da consultoria MCF Fashion, especializada em alto luxo.
Depois de ampla reformulação no valor de seus seguros automotivos, a Porto Seguro vem investindo nos últimos anos no conceito de “compre um seguro e ganhe facilidades”. Que vôo desde serviços de suporte para resolver problemas em computadores pessoais – dificuldade cotidiana que praticamente não distingue classes – até o incentivo no uso de bicicletas em grandes capitais, caso do programa UseBike, realizado neste ano em parceria com o metrô de São Paulo e lançado no momento em que a discussão sobre o caos do trânsito na cidade, depois das chuvas no começo do ano, ocupava os holofotos da mídia. Fábio Luchetti, vice-presidente executivo da companhia. considera que “a qualidade dos serviços” e não exatamente o leque de produtos oferecidos levou a Porto Seguro a ser a mais lembrada pelos entrevistados.
A concentracão regional explica o sucesso entre as classes mais ricas. A Porto Seguro é identificada sobretudo por consumidores da região Sudeste, de maior poder aquisitivo, a única em que fica à frente da concorrente Bradesco. Também é mais citada em regiões metropolitanas, 13%, do que no interior, onde tem apenas 3%. A maionese Hellmann’s é um fenômeno de lembrança de marca em todas as classes sociais. Figura como campeã da categoria Top Popular,que mede a recordação dos consumidores da classe C (renda mensal de cinco a dez salários), e à lembrada por praticamente sete entre cada dez brasileiros (68%) quando o assunto é maionese. O número é ainda maior quando se fala de consumidores com ensino superior completo (87%) e moradores do Sul (76%) e Sudeste (77%).