No primeiro dia da 10ª edição do Dive In Festival 2024, um evento global focado em debater a diversidade no setor de seguros, um dos temas centrais foi a maternidade e seus impactos na carreira profissional. O painel de abertura da iniciativa, intitulado “Impacto da Maternidade na Carreira”, aconteceu de forma híbrida e aproximadamente 300 pessoas do Brasil e outros países da América Latina, América do Norte, Europa e África acompanharam o evento, presencialmente ou online. Realizado o Espaço Colaborativo da SOMPO, na sede da companhia, em São Paulo, o painel trouxe à tona questões cruciais sobre o equilíbrio da maternidade com a carreira e desenvolvimento profissional das mulheres no ambiente corporativo.
A mediação foi feita por Isabel Alves Azevedo, Executiva de Pessoas e Transformação da FF Seguros. Entre as debatedoras estavam Roberta Caravieri, Diretora de Recursos Humanos e Sustentabilidade da SOMPO; Aline Cipolla, Superintendente de Sinistros da MetLife Brasil; Camila Calais, Sócia do escritório Mattos Filho; e Alessandra Zeppelini, Diretora de RH da Marsh McLennan. As executivas compartilharam suas experiências e percepções sobre o tema como profissionais, mas cada qual vivenciando uma fase diferentes da maternidade: gestante, mães com filhos pequenos, adolescentes ou jovens adultos.
Um dos temas centrais foi a dificuldade de equilibrar a maternidade com o crescimento profissional. Roberta Caravieri destacou a importância de as empresas oferecerem um ambiente que valorize não só as mães, mas todas as mulheres. Ela mencionou a relevância de políticas corporativas como a flexibilidade de horário e o acesso a planos de saúde privados. “Estamos num país onde 20% da população tem acesso a plano de saúde privado, e muitas vezes isso acontece por causa das empresas. Esse é apenas um exemplo de como o apoio à maternidade pode transformar a vida profissional de uma mulher. É importante que as empresas não fiquem apenas no discurso, mas coloquem essas práticas em ação”.
Durante o debate, a executiva enfatizou que, na SOMPO, os programas para apoiar a maternidade e a paternidade estão em constante evolução. Os programas de parentalidade da companhia viabilizam que as mães possam atuar em regime de home office integral desde o momento em que a gravidez é confirmada até o primeiro ano da criança. Da mesma forma, os pais também têm o direito de trabalhar em regime de home office integral nos primeiros doze meses de vida da criança. Ela conta que o setor de seguros está caminhando para se tornar um ambiente mais inclusivo, mas reconhece que ainda há muito a ser feito. Caravieri também compartilhou sua experiência pessoal, ressaltando que as empresas precisam ir além do discurso e implementar práticas concretas que permitam às mães continuar crescendo profissionalmente.
Alessandra Zeppelini, por sua vez, compartilhou como uma rede de apoio familiar e profissional foi essencial para que ela pudesse realizar seus sonhos de ser mãe e, ao mesmo tempo, seguir sua carreira. “Eu sempre tive muito claro que tinha dois grandes sonhos: a maternidade e a carreira. Contei com o apoio da minha mãe, do meu pai e do meu esposo para conciliar esses desafios. É possível realizar ambos se tivermos o suporte necessário, tanto no ambiente de trabalho quanto no pessoal”. Zeppelini também destacou a importância de as empresas oferecerem condições para que as mulheres possam alcançar seus objetivos sem abrir mão de um ou de outro.
Em sua fala, Camila Calais, trouxe uma reflexão pessoal profunda sobre sua jornada de aprendizado durante a maternidade em suas diferentes fases. Ela relatou como esse período a levou a buscar mais conhecimento, não apenas sobre, no momento, ser mãe de adolescente, mas também sobre seu próprio desenvolvimento pessoal. “Passei a buscar informações para entender o desenvolvimento humano de uma forma mais ampla. Essa jornada de aprendizado me ajudou a redescobrir minha própria adolescência e me preparar para os desafios da maternidade.”
Por fim, Aline Cipolla, Superintendente de Sinistros da MetLife Brasil, destacou o papel das organizações em abraçar a diversidade, equidade e a inclusão de forma genuína. “Seja você mesmo no ambiente de trabalho. As companhias que ainda não abraçam a diversidade precisam rever seus conceitos. Uma pessoa feliz no ambiente de trabalho vai prosperar na carreira e, com isso, ajudar a empresa a crescer”. Cipolla reforçou que, para ela, ser parte da comunidade LGBTQIA+ e futura mãe não foi um obstáculo, mas uma oportunidade de fortalecer sua relação consigo mesma e ser autêntica ao longo de sua carreira.
A agenda de eventos no Brasil do primeiro dia de eventos do Dive In Festival também contou com os painéis “Qual a cor do mercado?”, que abordou as questões relacionadas às pessoas pretas no mercado securitário; e “Diversidade geracional”, cujo tema central foi a convivência intergerações no ambiente corporativo.
O Dive In Festival continua sendo um espaço essencial para promover discussões sobre diversidade e inclusão no setor de seguros. O festival, que vai até a próxima quinta-feira (26), trará novos debates e reflexões sobre como o setor pode evoluir para se tornar mais diverso e inclusivo, beneficiando não apenas os grupos sub-representados, mas toda a sociedade. No Brasil, estão programados painéis que vão abordar temas sobre como melhorar as metas ESG e adotar inciativas para as empresas terem mais e melhor diversidade interna, neurodiversidade no ambiente de trabalho, inclusão de pessoas LGBTQIA+ e Pessoas com Deficiência no mercado de trabalho e liderança feminina. Para efetuar inscrições gratuitas e acompanhar tanto os eventos que vão acontecer tanto no Brasil quanto em outros 47 países, acesse https://www.diveinfestival.com/