Notícias | 26 de setembro de 2024 | Fonte: CQCS | Nicholas Godoy

Diversidade no mercado de trabalho: SOMPO é palco de debate sobre inclusão LGBTQIA+ no segundo dia do Dive In Festival 2024

No segundo dia da 10ª edição do Dive In Festival 2024, evento global dedicado a promover debates sobre diversidade no setor de seguros, o Espaço Colaborativo da SOMPO, localizado na sede da companhia, em São Paulo, foi o palco do painel que trouxe como tema a “Inclusão de Pessoas LGBTQIA+ no Mercado de Trabalho”. Realizado de forma híbrida nesta quarta-feira (25), o painel reuniu cerca de 200 participantes do Brasil e de outros países da América Latina, América do Norte, Europa e África, que acompanharam o evento presencialmente ou online.

A mediação ficou por conta de Renato Souza, Diretor de Inclusão, Diversidade e Sustentabilidade Corporativa da PwC Brasil. Entre os painelistas estavam Alfredo Lalia Neto, CEO da SOMPO; Jaqueline Campos, sócia do escritório de Seguros e Resseguros CMA; Carla Ribeiro, Head Talent Acquisition LATAM da Aon Brasil; e Rafael Potenza, Talent Management & Development CoE Manager LATAM da Chubb. O painel discutiu questões sobre diversidade e inclusão no ambiente corporativo, especialmente voltadas para a presença e os desafios enfrentados pela comunidade LGBTQIA+.

Os painelistas representantes da comunidade LGBTQIA+ comentaram sobre as experiências anteriores vivenciadas durante o desenvolvimento de suas carreiras, em oportunidades em que trabalharam em companhias não-inclusivas ou quando o tema ainda não fazia parte da pauta e não era considerado pela ampla maioria das empresas. Eles foram unânimes em ressaltar o desgaste de tempo e energia dispendido no exercício de não falarem abertamente sobre quem realmente são em situações corriqueiras no convívio com colegas de trabalho, como em questionamentos em conversas durante o almoço sobre finais de semanas e relacionamentos, por exemplo, por conta do receio sobre como isso poderia impactar no trabalho e no crescimento profissional.

Iniciando o painel, Renato Souza, trouxe provocações importantes, ressaltando que “não há como falar de inclusão e diversidade sem o apoio das lideranças. Não adianta debatermos inteligência artificial e inovação no mercado se não discutirmos sobre as pessoas, porque nada disso acontece sem elas”. Ele reforçou que a inclusão deve ser uma pauta central dentro das corporações e que é papel das lideranças promover esse movimento com intencionalidade.

Alfredo Lalia Neto destacou o compromisso da SOMPO com a inclusão e diversidade, ressaltando que, para a empresa, esses valores são fundamentais para criar um ambiente de trabalho saudável e inovador. “A SOMPO tem o dever de liderar pelo exemplo. Nós não apenas incentivamos a diversidade dentro da empresa, como também estamos sempre aprimorando nossas políticas para garantir que todos tenham oportunidades iguais. Inclusão não é só uma responsabilidade social, é uma estratégia essencial para o crescimento sustentável”, afirmou Lalia Neto.

Jaqueline Campos, por sua vez, reforçou a importância da criação de grupos de apoio e comunidades dentro das empresas para garantir um ambiente mais inclusivo e acolhedor. “Muitas pessoas enfrentam barreiras até mesmo na hora de se candidatar a uma vaga de emprego, principalmente pessoas LGBTQIA+, e ainda mais as pessoas trans, que passam por processos seletivos intensos e burocráticos. As empresas precisam criar acessos reais para esses profissionais”, pontuou.

Carla Ribeiro complementou essa visão, trazendo dados importantes para a discussão. Segundo ela, cerca de 8 a 10% da população brasileira se identifica como LGBTQIA+, o que representa cerca de 20 milhões de pessoas. “Se as empresas não estão preparadas para acolher esses profissionais, estão perdendo talentos valiosos. As organizações inclusivas têm um ganho de performance de até 30% em comparação com aquelas que não possuem políticas claras de diversidade e inclusão”, afirmou. Carla destacou que as empresas precisam de ações concretas, como recrutamento de talentos diversos, treinamento de lideranças, promoção e desenvolvimento de carreiras, e representatividade, para criar um ambiente inclusivo de fato.

Alfredo Lalia Neto, em outro momento do debate, ressaltou que a não só ele como líder, mas a companhia tem implementado programas internos para desenvolver lideranças diversas e garantir que a inclusão seja uma prioridade em todos os níveis da organização. “Precisamos criar ambientes nos quais todos possam ser autênticos. A inovação surge de diferentes perspectivas, e nossa missão é garantir que essas vozes sejam ouvidas e valorizadas. Estamos construindo um legado de inclusão na SOMPO e é nossa responsabilidade levar isso adiante”, compartilhou o CEO.

Em análise, o executivo fomentou a principal ideia de responsabilidade que as lideranças corporativas têm em promover uma cultura organizacional diversa e inclusiva. “Como líderes, temos o dever de assegurar que todos, independentemente de orientação sexual ou identidade de gênero, possam prosperar. Estamos comprometidos em criar uma SOMPO em que todos possam ser quem realmente são, e onde suas contribuições sejam reconhecidas de forma justa. A diversidade é o que nos fortalece e nos torna melhores como empresa”, concluiu.

Por fim, Potenza trouxe uma análise crítica sobre a baixa presença de pessoas LGBTQIA+ em cargos de liderança. “Ainda falta intencionalidade por parte das empresas para tornar essa uma pauta legítima. Não basta ter políticas no papel; é preciso que elas sejam aplicadas no dia a dia e que haja um compromisso real em promover a diversidade”, afirmou.

A agenda de eventos no Brasil do segundo dia de eventos do Dive In Festival também contou com o painel “Inclusão de Deficiência”, que abordou as questões relacionadas às Pessoas com Deficiência no mercado securitário. Os painelistas debateram questões relevantes, a exemplo de como promover uma cultura anticapacitista e de que forma conscientizar e sensibilizar as pessoas e os líderes dentro das companhias.

O Dive In Festival 2024 continua com debates que reforçam a importância da diversidade em todas as suas formas, destacando o papel crucial das lideranças na criação de um ambiente corporativo mais inclusivo, onde todas as pessoas, independentemente de orientação sexual ou identidade de gênero, encontrem ambientes em que possam ser quem realmente são para, assim, terem a segurança necessária e os meios propícios para desenvolverem suas habilidades e alcançarem seus objetivos profissionais.

Confira as fotos de cobertura do encontro

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