Notícias | 3 de junho de 2024 | Fonte: CQCS l Manuella Cavalcanti

Acidentes fatais de atletas chamam atenção e casos reforçam necessidade de seguro para esportistas

A amazona britânica Georgie Campbell, de 37 anos, morreu após cair do cavalo durante o torneio Bicton International Horse Trials, em Devon, na Inglaterra, no dia 26 de maio. A atleta chegou a ser atendida pela equipe médica, mas não resistiu ao acidente fatal, segundo a British Eventing, órgão regulador do hipismo no Reino Unido. Embora estejam suscetíveis a acidentes e contusões, devido aos treinos excessivos e competições que demandam física e mentalmente, muitos atletas, principalmente, de alto rendimento, não contam com seguro para se proteger financeiramente em casos de choques físicos e outros problemas de saúde. 

Liciane da Luz, fundadora e Head de Negócios na Corretora Atleta Seguro, destacou que, no Brasil, a Lei Geral do Esporte (14.597/23) estabelece a obrigatoriedade de contratação de seguro de vida e acidentes pessoais para atletas profissionais. “Esta legislação abrange todos os esportes em que há atletas profissionais, sem discriminação específica por modalidade, ou seja, incluindo esporte de alto risco, como hipismo”, explicou. 

Na mesma semana do incidente de Georgie, outra atleta sofreu acidente durante o treino em uma estrada de terra próxima à cidade de Delfinópolis (MG). A ciclista brasileira Laís Saes, de 42 anos, morreu após ser atropelada por um carro na última quinta-feira (30). 

De acordo com a especialista, os clubes e entidades de prática desportiva que empregam atletas profissionais, independente da modalidade e do esporte, devem providenciar soluções que cubram riscos aos quais estes esportistas estão sujeitos durante as práticas esportivas.

“Para atletas de alto rendimento, as coberturas de seguro de vida mais importantes são morte acidental e morte natural, invalidez, reembolso por despesas médicas, hospitalares e odontológicas decorrentes de acidentes”, destacou Liciane. Complementando, a especialista garantiu que as coberturas citadas são essenciais para assegurar que o atleta e a família estejam protegidos financeiramente contra os riscos associados à profissão. “O capital segurado deverá ser definido considerando a projeção financeira anual”, disse. 

A fundadora e Head de Negócios da Atleta Seguro reforçou que, para além do seguro de vida, o seguro para viagens e competições também deve ser contratado por atletas a fim de cobrir acidentes e emergências médicas ocorridas durante viagens para competições ou treinamentos. “Não são todos os seguros de viagens que cobrem a prática esportiva profissional, por isso, é necessário ficar atento na hora da contratação”, explicou. 

No momento da contratação, os corretores são agentes fundamentais no processo. Além disso, oferecer seguros para atletas é uma oportunidade para os profissionais, de acordo com Liciane. 

“Esse nicho pode ser explorado de várias formas, como entender as necessidades específicas dos atletas, tanto profissionais quanto amadores. Também é importante segmentar o mercado por modalidade esportiva. Formar parcerias com clubes, confederações e outras instituições esportivas também pode ajudar a ampliar o alcance. Essas estratégias permitem que os corretores ofereçam soluções personalizadas, atendendo melhor os atletas e fortalecendo sua presença no mercado”, finalizou a especialista.

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