Era uma manhã de outono, em West Virginia, Estados Unidos, no dia 20 de novembro de 1968. Havia mais de 110 profissionais trabalhando na mina de carvão Consol n° 9, em Farmington. Por volta das cinco horas daquela manhã, uma terrível explosão aconteceu na mina.
Foi tão forte que, a 19 quilômetros de distância, foram sentidos os reflexos no centro da cidade. Um incêndio gigantesco tomou conta imediatamente do local. Após algumas horas, 21 mineiros conseguiram chegar à superfície, mas 78 ainda estavam presos ao subsolo.
Após uma semana, com o incêndio ainda ardendo, os socorristas admitiram a derrota e a mina foi selada, decretando a morte dos 78 trabalhadores. O acidente serviu de catalisador para várias novas leis criadas para proteger os trabalhadores. Em 2003, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) instituiu o dia 28 de abril como o Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho, homenageando as vítimas da explosão na mina de carvão.
No Brasil, a data foi instituída por lei, em 2005. Alinhado ao tema, o Sindicato dos Técnicos de Segurança do Estado do Paraná instituiu o Movimento Abril Verde, trazendo à sociedade a questão da segurança e saúde do trabalhador brasileiro.
Ao longo das últimas décadas, acompanhamos uma significativa evolução na forma como as empresas enxergam a segurança e saúde do trabalhador. O cenário anterior, onde medidas protetivas eram vistas apenas como custos adicionais, evoluiu para um panorama de responsabilidade social e corporativa, onde o cuidado com o trabalhador é reconhecido como um investimento estratégico para a sustentabilidade empresarial.
Grandes e médias empresas passaram a implementar programas específicos de saúde ocupacional, campanhas internas de conscientização, uso rigoroso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e treinamentos contínuos. Investimentos em inovação tecnológica e automação passaram a ser utilizados para evitar exposições desnecessárias dos trabalhadores a riscos, criando ambientes de trabalho mais seguros e produtivos.
Apesar da evolução significativa nos cuidados e na regulamentação, os números recentes de acidentes de trabalho ainda preocupam. Segundo o Anuário Estatístico de Acidentes de Trabalho (AEAT), produzido pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, foram registrados mais de 612 mil acidentes de trabalho, em 2022.
O próprio documento traz que, entre 2016 a 2022, mais de 15 mil pessoas morreram no Brasil em acidentes do trabalho. Comparando o ano de 2016 com 2022, registrou-se um aumento de 25,4% nos óbitos, que saltaram de 2.265 para 2.842, em 2022. Cabe o alerta, já que esses números são apenas de trabalhadores com carteira assinada, no regime CLT. Indicam que, mesmo com todos os avanços, ainda há muito a ser feito.
Um ponto importante a ser destacado é que acidentes não acontecem apenas em grandes empresas ou setores considerados de alto risco. Pequenas e médias empresas também apresentam índices expressivos de ocorrências, seja por falta de informação adequada, ausência de cultura preventiva ou negligência.
A verdade é que acidentes não escolhem tamanho de empresa. Podem ocorrer desde o pequeno comércio de bairro até grandes indústrias multinacionais. Justamente por isso, os cuidados e a prevenção devem ser amplos e constantes, independentemente do porte do negócio.
Por mais que esforços e investimentos sejam realizados em prevenção, a possibilidade de acidentes nunca será completamente eliminada. É nesse cenário que surge a relevância estratégica do Seguro de Vida Empresarial, como instrumento para mitigar as consequências financeiras de acidentes ou doenças ocupacionais.
Esse seguro oferece proteção financeira aos trabalhadores e suas famílias nos momentos mais difíceis. Em casos de invalidez temporária ou permanente, ou até mesmo falecimento decorrente de acidente laboral. A família conta com uma indenização financeira que ampara a renda familiar e promove dignidade nos momentos críticos.
Segundo recente pesquisa atualizada pelo Datafolha, encomendada pela Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), dos 18% dos entrevistados que tinham algum tipo de proteção pessoal, 27% o tinham por conta de uma contratação feita pela empresa em que trabalham. Isso mostra a importância das iniciativas empresariais neste tipo de promoção, em caso de acidentes ou doenças oriundas da atividade laboral.
É uma ferramenta importante também para a empresa, que demonstra sua responsabilidade social perante seus colaboradores. Reforça seu compromisso com a segurança, saúde e bem-estar das pessoas que fazem parte do negócio.
Nesse contexto, o papel do Corretor de Seguros é fundamental. Ele é o elo que esclarece, conscientiza e orienta empresas sobre os benefícios estratégicos e sociais do Seguro de Vida Empresarial, demonstrando como essa ferramenta impacta positivamente na vida dos trabalhadores e contribui para a sustentabilidade financeira das organizações.
Cabe ao Corretor identificar riscos, avaliar a real necessidade das empresas e indicar as coberturas mais adequadas. Ao apresentar aos gestores de Recursos Humanos (RH) e empresários a importância do Seguro de Vida Empresarial, ele transcende o papel de mero vendedor de apólices, transformando-se em um consultor que gera valor tangível às empresas e aos trabalhadores.
O Abril Verde é um chamado urgente à conscientização, mas também uma oportunidade para destacar soluções concretas que preservam vidas e oferecem segurança financeira para empresas e famílias. Juntos, Corretores, empresários e trabalhadores podem construir ambientes de trabalho mais seguros e humanos.