Notícias | 25 de novembro de 2003 | Fonte: Seguros em Dia

A visão do governo e da iniciativa privada

Hoje pela manhã, na 2ª Conseguro, aconteceu a palestra “Mercado de Seguros – Uma visão sob o Enfoque Privado e do Governo”, que foi proferida pelo presidente da Fenaseg, João Elisio Ferraz de Campos, e pelo superintendente da Susep, Renê Garcia.
Em seu discurso, o dirigente da Fenaseg ressaltou o crescimento do mercado entre 1995 e 1999, quando a relação de prêmios/PIB mais que dobrou e que isso gerou grande expectativa, com previsão de grande crescimento para os anos vindouros que acabou por não se concretizar. “As empresas do setor apostavam nas mudanças e mantinham a convicção de que o crescimento poderia ser alavancado, entre outras medidas, por duas promessas que vinham da esfera pública: a flexibilização do seguro de Acidentes do Trabalho, a privatização do IRB e a efetiva abertura do mercado de resseguros”, disse João Elisio.
Ele argumentou que essas duas questões vêm pautando as reivindicações do setor há anos e que os processos no Brasil acontecem de forma muito morosa. Ele criticou de forma veemente o dispositivo incluído na Reforma da Previdência que reestatiza o seguro de Acidentes do Trabalho. “A abertura faria com que a empresa melhorasse o sistema de prevenção e manutenção de condições adequadas à integridade física e à saúde dos trabalhadores, como forma estimuladas de reduzir o premo do seguro”.
O dirigente comentou que muitos congressistas desconhecem o mercado de seguros, o que inibe o crescimento e gera entraves para o setor. “Nós participamos da CPI da Saúde e esclarecemos todos os pontos. Não acho que devemos tentar embargar nenhuma CPI, já que não temos nada a temer. Na verdade, muitos requerimentos de CPI’s acontecem porque muitas pessoas desconhecem como o mercado funciona”, disse o dirigente, que foi aplaudido nesse momento.
João Elisio finalizou o discurso destacando as reivindicações da Fenaseg para que o mercado possa crescer. “Para se desenvolver, o mercado não pede muito. Cobra a contrapartida de ambiente regulatório em que predominem a clareza e a estabilidade, repelindo o excesso normativo que inibe o surgimento de novos produtos”.
O superintendente da Susep ressaltou a importância da Conseguro para disseminar novas idéias e conceitos aplicados à área de seguros. Ele disse ser favorável a auto-regulação do mercado e comentou que a Susep está trabalhando nesse sentido. “O órgão regulador só existe porque existe o mercado, por isso defendemos a auto-regulação, que fortalece também a Susep”, explicou Garcia.
O superintendente comentou que as propostas de mudanças do novo governo são de médio e longo prazo e que acredita que os resultados comecem a aparecer a partir do próximo ano. “A atividade de seguros está inserida na economia e que a situação macroeconômica do país começa a melhorar. As taxas de juros estão caindo, a inflação está controlada e a economia voltará a crescer. Nesse cenário, as perspectivas para o setor de seguros são muito boas”, previu.
Segundo Renê Garcia este ano foi importante para o conhecimento do mercado e a partir do próximo ano muitas ações poderão ser colocadas em prática. “O momento é muito propício para criarmos um ambiente de expansão para o mercado de seguros”.
Autor: Sergio Vasconcellos

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