Vida em Foco | 16 de abril de 2025

O Seguro de Vida na visão da Comunidade Judaica mais próspera do mundo

Há aproximadamente um mês, em uma de minhas apresentações sobre o seguro de vida, um corretor, de cerca de 82 anos, assistia com toda a atenção.

Ao término da apresentação, ele se aproximou e perguntou: 

“Você sabe como a comunidade judaica de Nova York, a mais próspera do mundo, enxerga e aplica o seguro de vida?”

Em seguida, orientou: 

“Procure saber, a sua visão do seguro de vida é muito parecida com a deles”, o que despertou minha curiosidade e gerou este conteúdo.

Estudando portanto a forma como a comunidade judaica de Nova York, especialmente seus segmentos mais tradicionais, enxerga o seguro de vida, encontramos muito mais do que uma decisão financeira: descobrimos um profundo senso de responsabilidade, continuidade e propósito.

Entre as comunidades mais prósperas e organizadas do mundo, os judeus ortodoxos de Nova York tratam o seguro de vida como uma ferramenta essencial de proteção familiar, planejamento financeiro e expressão prática de valores milenares.

E, realmente, como me disse aquele senhor corretor de seguros, há muita semelhança na minha maneira de enxergar o seguro de vida.

Para os judeus, a proteção é uma responsabilidade moral. 

Na tradição judaica, prover e proteger a família não é apenas uma escolha, é uma mitzvá, um mandamento. 

É visto como um dever espiritual assegurar que, mesmo na ausência do provedor, a família disponha dos recursos necessários para viver com dignidade, segurança e continuidade.

Por isso, o seguro de vida é contratado com naturalidade e responsabilidade. Não se trata de temer a morte, mas de honrar a vida. 

É um ato de amor e de fé no futuro.  Algo como, “Quem protege sua família em vida, garante sua presença mesmo na ausência.”

A comunidade judaica tem uma preocupação constante com o legado. O patrimônio não é visto apenas como herança material, mas como transmissão de valores, cultura e compromisso com o futuro. 

Assim, o seguro de vida é, muitas vezes, estruturado para ir além das necessidades imediatas, viabilizando a educação dos filhos, o apoio a instituições comunitárias, a perpetuação de projetos e até o financiamento de causas nas quais a família acredita.

O seguro de vida é visto como a proteção a um verdadeiro legado,  não é apenas o que deixamos em bens, mas o impacto que continuamos a causar na vida dos outros. 

Apesar da forte cultura de apoio mútuo entre famílias e instituições judaicas, existe um valor muito claro, não depender de terceiros quando se pode planejar.

O seguro de vida garante autonomia e evita que, na ausência do provedor, a família precise recorrer a doações, empréstimos ou ajuda comunitária. 

Essa visão reforça um ponto essencial, a dignidade dos que ficam, portanto, o planejamento adequado preserva não só o padrão de vida, mas também o respeito e a estabilidade emocional de quem sofre a  perda.

Educar os filhos nos valores da fé e da tradição é prioridade absoluta, e isso custa caro. Muitas famílias da comunidade judaica de Nova York contratam seguros de vida com o objetivo de garantir a educação em escolas religiosas, mesmo que algo aconteça com os pais. 

Planejar o futuro, para a Comunidade Judaica, é também garantir que os filhos continuarão recebendo os ensinamentos que consideramos sagrados.

Por fim, é comum que muitas famílias utilizem seguros de vida vitalícios, aqueles que oferecem proteção por toda a vida, cientes de que realizaram a compra de um patrimônio de forma inteligente, um processo de alavancagem e planejamento  sucessório. 

Com essa visão, o seguro de vida deixa de ser um custo e passa a ser um ativo financeiro com função social. Ele não é apenas uma apólice; é uma forma de proteger quem amamos, perpetuar nossos valores e transformar a ausência em presença.

Afinal, nem tudo é uma questão de “SE”, mas de “QUANDO”.

Ao jovem corretor, de aproximadamente 82 anos, com quem, infelizmente, não consegui trocar contatos, mas a quem espero que este texto chegue, o meu muito obrigado pela aula!

Um abraço,

Rogério Araújo

Rogério Araujo

O objetivo da coluna é disseminar a cultura do Seguro de Vida e Previdência Privada Complementar junto à população brasileira e aos profissionais do mercado de seguros. Através de uma linguagem simples e didática pretende quebrar mitos e preconceitos em abordarmos temas tão importantes como gerenciamento de riscos pessoais, o risco de viver muito, sem recursos financeiros, o risco de vivermos pouco, uma morte prematura, e todos os demais riscos pessoais que possam comprometer um correto planejamento financeiro pessoal, familiar ou empresarial. Rogério Araújo é corretor de seguros, desde 1998, brasileiro, casado e pai de três filhos de sangue, Thiago, Gustavo e Leonardo, cujas as iniciais deram origem ao nome TGL Consultoria, empresa criada em setembro de 2004, especializada em soluções em Planejamento e Proteção Financeira, utilizando-se de ferramentas como Seguros, Previdência, Planejamento Previdenciário, Contábil e Tributário, junto aos seus mais de 30.000 clientes ativos. Além dos 3 filhos, Rogério Araújo tem os filhos de coração, são mais de 250 crianças e adolescentes do Projeto Social IDAP, criado e administrado há mais de 13 anos, e que atende a região de Ribeirão das Neves, cidade na região metropolitana de Belo Horizonte, inclusive na própria TGL trabalham alguns jovens oriundos do projeto, mas esse é um assunto que certamente será abordado em alguns artigos, o Seguro como ferramenta de transformação social.

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