Saber Sabendo - Ensinando e Aprendendo | 22 de maio de 2023 | Fonte: Sergio Ricardo

Cai, cai, balão …

Há muitos anos, visitando uma indústria têxtil na cidade de São Paulo, o diretor industrial me disse que um dos eventos de risco que ele mais temia era a de que um balão caísse sobre o telhado da fábrica, iniciando um incêndio de grandes proporções. Ele completou dizendo que mantinha um funcionário à noite no outono e no inverno de prontidão no telhado, sobretudo à noite, preparado para tentar afastar o perigo com uma vara de bambu e a portaria com o telefone da guarnição do Corpo de Bombeiros.

Outra vez, em um sábado pela manhã, muito cedo, dirigindo na Av. Brasil aqui no Rio de Janeiro, percebi que havia vários balões no céu e, pior ainda, em localizações que coincidiam com as rotas de aproximação e descida dos Aeroportos do Galeão e Santos Dumont.

A notícia deste final de semana é que um balão quase caiu sobre um avião comercial no pátio do Aeroporto Santos Dumont e outro balão caia na Supervia (veja no G1). O vídeo também mostra outros eventos.

Mas não foi apenas no Rio de Janeiro. Ontem, caiu um balão em São José dos Campos – SP e outro caiu em Três Corações – MG

Parece surreal, mas não é. Além dos riscos ao patrimônio (indústrias, centrais elétricas, condomínios, residências e meio ambiente) e à aviação, com o óbvio risco de perda de patrimônio e pessoas, esses riscos afastam quem quer empreender no país, porque são riscos a que as empresas não estão sujeitas em outros lugares.

Para gerenciar o risco é muito difícil, porque não se domina a origem dos eventos. Talvez, a legislação ainda seja muito branda a esse respeito e as pessoas contem com a impunidade, mas as consequências podem ser inimagináveis. Há duas semanas, segundo reportagem do Bom Dia Rio havia 7 balões nos céus do Rio de Janeiro.

Claro que seguros empresariais, de condomínio e residenciais podem cobrir os prejuízos, mas além de contratar seguros, a sociedade em geral tem muito mais a fazer para inibir esses atos de irresponsabilidade.

Não se trata apenas de campanhas de conscientização isoladas, apenas, porque todo mundo sabe o que uma queda de balão pode trazer de prejuízos, mas de ações que visem responsabilizar e punir os envolvidos.

Sergio Ricardo

Executivo dos Mercados de Seguros e Saúde Suplementar com mais de 25 anos de experiência. Mestre em Sistemas de Gestão – UFF/MSG, MBA em Gestão da Qualidade Total – GQT – UFF. Engenheiro Mecânico – UGF. Foi superintendente técnico e comercial na SulAmérica Seguros. Foi membro da ANSP – Academia Nacional de Seguros e Previdência e foi Diretor de Seguros do CVG – RJ. Fundador do Grupo Seguros – Linkedin (https://www.linkedin.com/groups/1722367/). Associado da ABGP, PRMIA, IARCP. Colunista da Revista Venda Mais e do Portal CQCS. Coordenador de Pós-Graduação e Professor dos Programas de Pós-Graduação na UCP IPETEC, UFF, UFRJ, ENS, FGV, IBMEC, UVA, CEPERJ, ECEMAR, ESTÁCIO, TREVISAN, PUC RIO, IBP, CBV e é embaixador na Tutum – Escola de Seguros. Atualmente é coordenador acadêmico de vários cursos de pós-graduação, como o MBA Saúde Suplementar http://www.ipetec.com.br/mba-em-saude-suplementar-ead/, do MBA Seguros https://www.ipetec.com.br/mba-em-seguros-ead-new/ do MBA Governança, Riscos Controles e Compliance e do MBA Gestão de Hospitais e Clínicas na UCP IPETEC. Sócio-Diretor da Gravitas AP – Consultoria e Treinamento, especializada em consultoria e treinamentos em gerenciamento de riscos, controles, compliance, seguros, saúde suplementar e resseguro. www.gravitas-ap.com. Fale com Sergio Ricardo [email protected].

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