DNA da Liderança | 18 de março de 2025

Liderança pelo exemplo: O impacto da gestão na retenção de talentos

Liderança é um dos temas mais debatidos, mas também um dos mais desafiadores de
se entender e aplicar. Embora existam inúmeras regras e teorias, muitas vezes é o
simples e o óbvio que fazem toda a diferença.

Quando buscamos mais sobre liderança, é comum nos depararmos com listas de
regras. “As 20 regras”, “As 10 regras”… são maneiras de organizar a mente em torno
de conceitos cruciais para o desafio da gestão de pessoas.

No entanto, o que muitas dessas listas oferecem é uma repetição de ideias, abordadas
de maneiras diferentes. As “regras de ouro” sempre estão lá, em diversos formatos. Às
vezes, surge alguma ideia inovadora, mas sempre voltamos às bases clássicas que
marcam qualquer manual de liderança.
Às vezes alguém arrisca algo novo, mas sempre voltamos para aquelas regras clássicas
que estão em qualquer lista de qualquer profissional que se aventure à liderar.

Após muito estudo e leitura sobre o tema e, principalmente, vivência prática, percebi
que uma regra se destaca entre todas: a gestão pelo exemplo. Aquela regra que
aparece em quase todas as listas e que, não por coincidência, está presente em todos
os manuais de gestão.


A gestão pelo exemplo é talvez o grande pilar do modelo de gestão para os novos
tempos. Ninguém segue genuinamente quem não admira. Ninguém se orgulha de
estar em um time liderado por uma pessoa com valores e princípios questionáveis.
Estar próximo da equipe e gostar de pessoas são sinais muito importantes desses
valores.

Praticar o que se fala, ter a postura honesta em cada situação e estar genuinamente
preocupado com o seu time sempre foram fatores importantes. Hoje, são fatores
motivacionais ainda mais fortes. Isso acontece porque no momento que você assume
uma posição hierárquica maior, você conquista o respeito institucional, mas não
necessariamente o respeito pessoal.

Antes tínhamos a visão de que quanto mais se sobe na carreira, menos se trabalha. Em
muitos casos, o antigo gestor podia simplesmente sentar-se atrás da mesa e dar
ordens e direcionamentos para os times. Hoje não! Hoje o líder precisa estar na frente,
com a equipe. No “campo de guerra.” Não é mais o tal “general” que vê tudo que
acontece de muito longe. Hoje ele precisa estar no meio, precisa escutar o que
acontece direto da sua equipe, direto dos seus clientes. E essa é a única forma de se
tomar decisões mais assertivas. Estando perto da sua equipe. A única forma de se criar
empatia é assim.

Mais do que estar presente para ouvir e tomar boas decisões, essa presença cria a
oportunidade do seu time te conhecer, te admirar. Entender seu ritmo, sua forma de
trabalho, seus pensamentos. E, a partir daí, seguir o seu exemplo. É uma forma de gestor e equipe realmente construírem algo juntos. Cria-se um vínculo profundo, e a
equipe começa a seguir seu exemplo, gerando um ambiente colaborativo.

Um ponto extremamente importante de se lembrar sempre é que a equipe é reflexo
do líder. A equipe é um reflexo direto do líder. Se o líder desanima, o time desiste. Se o
líder abaixa as armas, o time solta. E esse reflexo é muito claro. Qualquer movimento
do gestor tem um reflexo amplificado em toda equipe.

Sabe aquele gestor que fala mal dos outros? Gera uma equipe fofoqueira.
Sabe aquele gestor que chega na segunda feira muito desanimado para trabalhar? Cria
um time desanimado. Da mesma forma que energia gera energia, paixão gera paixão.
Portanto, a sua postura diante da sua equipe é primordial para o sucesso de qualquer
projeto.

Se você é um líder de líderes, tenha em mente que se precisa de uma equipe dinâmica
e com energia, você precisa de alguém com essas mesmas características. Sempre a
equipe será o reflexo do líder. Observe os líderes da sua organização, examine o nível
de engajamento e positivismo de cada um. Pode estar nesses líderes a resposta para
uma transformação no clima da sua empresa. Exatamente por isso, esse papel é tão
importante nas organizações.

Sabe aquela história de quem vem primeiro, o ovo ou a galinha? Exatamente nessa
mesma linha, a relação entre líder e liderados cria um ciclo constante, mas
extremamente real: todo gestor tem exatamente a equipe que merece. E toda equipe
tem exatamente o gestor que merece.

Quem vem primeiro? Quem começa a puxar esse ciclo?

Alexandre Federman

Profissional com 18 anos de experiência nos setores financeiro e de seguros, atuando em negócios e áreas comerciais de empresas líderes como Itaú Unibanco, Ace Seguros e Chubb Seguros. Especialista em estratégias comerciais, expansão territorial e desenvolvimento de canais de distribuição, incluindo corretores, assessorias, sponsor e bancassurance. Possui amplo conhecimento do mercado segurador, com atuação em todas as regiões do Brasil, forte networking e expertise em gestão e engajamento de equipes. Experiência profissional e acadêmica internacional nos EUA. MBA em Gestão Empresarial pela FGV e pós-graduação em Gestão de Marketing pela Fundação Dom Cabral.

FAÇA UM COMENTÁRIO

Esta é uma área exclusiva para membros da comunidade

Faça login para interagir ou crie agora sua conta e faça parte.

FAÇA PARTE AGORA FAZER LOGIN