No dia 27 de novembro, a Fenaprevi promoveu o XI Fórum Nacional de Seguros e Previdência Privada. Durante a abertura, foi apresentada a pesquisa Fenaprevi-Datafolha, que trouxe insights sobre a visão da população brasileira em relação ao planejamento financeiro voltado para a aposentadoria e à proteção da renda familiar.
Na solenidade, Edson Franco, presidente da Fenaprevi, destacou em seu discurso a necessidade de enfrentar os desafios da previdência privada no Brasil. “É preciso refletir sobre o que cada um de nós pode fazer para solucionar as pendências causadas pelo enorme déficit de proteção securitária e previdenciária da nossa população. Vencer as dificuldades que já se impõem no presente é prioridade, para podermos reverter essa situação no futuro.”
Na sequência, foram compartilhados detalhes da edição 2024 da pesquisa Percepção dos Brasileiros sobre Proteção e Planejamento, encomendada ao Instituto Datafolha. O estudo revelou desafios significativos para a proteção financeira e chamou a atenção do setor, dos reguladores e dos formuladores de políticas públicas sobre a necessidade de ampliar a adesão da sociedade ao mercado de seguros e previdência privada.
Entre os principais desafios apontados, estão a redução de despesas e a forma como a população utiliza sua renda para gerenciar os custos, de acordo com a renda mensal familiar. Do total de entrevistados, 45% identificaram “reduzir despesas para sobrar renda” como o principal obstáculo ao planejamento financeiro. Outros 42% destacaram dificuldades em gerar receita suficiente para poupar. O estudo também evidenciou uma preferência pelo consumo imediato entre grupos mais jovens, de 25 a 44 anos, o que dificulta a formação de uma reserva financeira.
Além disso, o levantamento abordou o comportamento dos brasileiros em relação aos gastos com itens supérfluos. Entre os entrevistados, 46% afirmaram não possuir despesas desse tipo, alegando não ter onde cortar gastos. No entanto, ao serem questionados diretamente, um quarto (25%) dos participantes admitiu participar de jogos de azar ou apostas online. Ainda nesse contexto, 10% consideraram esses gastos mais importantes do que contratar um seguro de vida.
O Fórum reuniu especialistas do Brasil e do exterior para debater os principais desafios e oportunidades do setor. Os debates abordaram temas como longevidade, tecnologia, ciência, políticas públicas e o impacto do envelhecimento populacional, com ênfase nas soluções necessárias para garantir a proteção financeira das próximas gerações.