As operações em vida, previdência e capitalização foram as que mais contribuíram para um crescimento de 52,3% do faturamento da HSBC Seguros em 2003. Mas o balanço da seguradora foi negativamente afetado pelo prejuízo com as operações de seguro saúde, apesar de essa carteira ter sido vendida em junho do ano passado para o grupo SulAmérica.
O volume de prêmios, incluindo todos os ramos de seguro em que a HSBC opera, saiu de R$ 675 milhões em 2002 para R$ 1,028 bilhão em 2003. A expansão dos negócios em previdência, especialmente as vendas de Planos Geradores de Benefícios Livres (PGBL), deu impulso ao faturamento e favoreceu um lucro operacional de R$ 28,7 milhões, aproximadamente, um crescimento de 476,8% comparado com o mesmo resultado do ano anterior. O lucro líquido, de R$ 93,827 milhões, cresceu apenas 6,6% comparado a 2002, o que representa uma queda real se comparado com a inflação (7,67% do IGP-DI e 9,3% do IPCA).
Vilson Andrade, diretor superintendente da HSBC Seguros, explicou que a companhia registrou prejuízo de R$ 7 milhões com a carteira de seguro saúde. Essa perda repercutiu durante todo o ano porque, mesmo após a venda, o grupo sustentou um passivo de planos remanescentes (“run-off”).
Andrade disse que o foco da seguradora em 2004 será os seguros de pessoas, especialmente vida, previdência, acidentes pessoais e capitalização. “Vamos trabalhar muito as classes C e D”, disse Andrade, dentro da estratégia de varejo do banco controlador. A meta é crescer 30% este ano, com o lançamento de produtos de preço mais baixo, como o seguro de vida “Premiado”, a partir de R$ 10 mensais e os planos de previdência para jovens. “O público jovem hoje é um grande consumidor”, disse o executivo. “Os jovens já trazem a cultura do seguro porque absorveram rapidamente a preocupação de toda a sociedade com a necessidade de guardar dinheiro para a aposentadoria”.
Autor: Janes Rocha