A predominância do VGBL na receita de prêmios apurada no mercado, particularmente em 2003, teve reflexos diretos – distorcendo a realidade do setor – em alguns índices que são utilizados para medir o desempenho da atividade de seguros. É o caso, por exemplo, da relação entre os prêmios gannhos pelas seguradoras e o volume de despesas comerciais.
Esse instrumento é aplicado para se apurar o nível de remuneração dos corretores de seguros. No ano passado, contudo, com a explosão das vendas do VGBL, a relação entre prêmios e gastos comerciais foi sendo gradualmente reduzida. Isso porque aquele tipo de plano não é vendido pelos corretores de seguros, tendo como principal canal de comercialização as agências bancárias.
Diante desse quadro, há até quem defenda a exclusão do VGBL dos cálculos que visam a indicar o real peso das despesas comerciais – e a efetiva remuneração do corretor – no faturamento das seguradoras.
Autor: Jorge Clapp