Notícias | 19 de dezembro de 2023 | Fonte: O Globo / Míriam Leitão

Venda da Amil será fechada antes do Natal

Bain Capital e fundador da Qualicorp estão no páreo final pela terceira maior operadora de saúde do Brasil

O destino da terceira maior operadora de saúde do Brasil, a Amil, será definido esta semana em Minnesota. A expectativa é que antes do Natal o United Health Group (UHG) escreva o capítulo final dessa novela que já dura quase dois anos e é cheia de reviravoltas. Até aqui o fundo de investimentos americano Bain Capital parece ser o mais forte candidato ao match final com a empresa. Mas José Seripieri Filho, mais conhecido como Junior, fundador da Qualicorp, continua no páreo.

Como falou uma fonte próxima a negociação: “o jogo só acaba quando o juiz apita o final”.

Segundo fontes envolvidas na negociação, havia propostas abaixo e acima dos R$ 10 bilhões desembolsados pela gigante americana ao adquirir, em 2012, a empresa da família Bueno, sua fundadora e atual controladora da Dasa, que teria sido uma das interessadas na aquisição, mas que já não estaria mais na disputa. Pessoas próximas ao negócio, dizem que agora o range do negócio está entre R$ 2 bilhões e R$ 4 bilhões.

A gigante de investimentos Bain Capital zerou sua posição na operadora de planos de saúde Hapvida, em agosto, com a venda de R$ 1,3 bilhão em ações em bloco na bolsa. Para a negociação com a Amil, a empresa contaria com Irlau Machado Filho, ex-presidente da NotreDame Intermédica, que deixou a Hapvida em maio deste ano.

José Seripieri Filho, mais conhecido como Junior, fundou a Qualicorp, em 1997, maior administradora de benefícios do país, da qual saiu em 2019, iniciando uma nova empreitada com o lançamento da operadora Qsaúde logo em seguida. A QSaúde também já foi vendida pelo empresário que estaria em busca de um novo negócio no setor.

Desde janeiro de 2022, comentava-se no mercado que o BTG teria sido contratado pelo UHG para capitanear a saída do grupo do Brasil. Mudanças na liderança da companhia e novas iniciativas, como o retorno da venda de planos individuais, em maio deste ano, porém, pareciam ter mudado o enredo dessa novela. Mas nos últimos meses as negociações, andaram e no fim de outubro expirou o prazo para envio das propostas a Minnesota.

O UHG tentou uma operação de venda em separado da deficitária carteira individual da Amil, no início do ano passado. A operação criou danos à imagem e problemas com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) que acabou suspendendo a transferência de mais de 340 mil usuários. A má sucedida operação levou ao grupo americano a decidir que só negociaria a venda de toda a sua operação no Brasil.

A Amil que tem uma carteira de cerca de três milhões de usuários em planos médicos e pouco mais de dois milhões em odontológicos, 19 hospitais e 52 unidades de atendimento, como ambulatórios e centros de diagnóstico. Ainda está na negociação a Rede Americas que contabilizar 28 centros médicos e clínicas, sete centros de excelência e 12 hospitais.

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